De acordo com os chefes das forças de segurança do Distrito Federal, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) sofreu pelo menos sete tentativas de invasão por parte dos manifestantes bolsonaristas que estavam na capital federal promovendo atos alusivos ao 7 de setembro.
Os agentes de segurança classificam a situação como quase de tragédia. A área continua sendo monitorada pois alguns grupos seguem acampados na região. Outra manifestação está programada para acontecer nesta quarta-feira (08).
Das tentativas de invasão registradas, duas foram interceptadas pelos muros de trás do STF, além da derrubada de gradis e ameaças de avanços pelo caminho em frente ao prédio do Itamaraty até o Supremo. Os policiais usaram bombas de gás para dispersar uma dessas ofensivas.
Ainda conforme os chefes de segurança, os manifestantes descumpriram o que havia sido acordado com as lideranças do ato, furando o bloqueio da Polícia Militar para adentrar na Esplanada dos Ministérios. Eles acreditam que os militantes só não passaram por cima de barreiras policiais seguintes com seus caminhões devido à existência de manifestantes caminhando na frente.
Os grupos mais inflamados eram os caminhoneiros e os chamados “boinas vermelhas”, sobre os quais agora as forças de segurança do DF pretendem levantar mais informações.
As negociações para que não houvesse avanços ainda mais agressivos por parte dos manifestantes se arrastaram durante toda a madrugada. Em alguns momentos, os próprios manifestantes entraram em conflito entre si, alguns estimulando a invasão, outros querendo contê-los.
Também houve a preocupação de evitar reações fora do tom de policiais no local, que poderiam inflamar os presentes e desencadear um desastre num espaço em que transitavam idosos, caminhões, grupos inflamados e elevado consumo de bebida alcoólica.
Folha de S. Paulo