A vereadora Hilva de Cosmo denunciou um caso de censura durante uma palestra promovida pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de São João do Cariri, que discutia violência doméstica contra a mulher e estratégias de diálogo com homens sobre o tema.
De acordo com Hilva, apesar de ser uma representante oficial e defensora dos direitos das mulheres, ela foi impedida de falar durante o evento na Câmara Municipal. Visivelmente emocionada e indignada, a vereadora classificou o ato como uma forma de violência contra a mulher, destacando que o silenciamento representa violência psicológica e de gênero.
Após o episódio, a parlamentar gravou um vídeo em que expressou sua indignação e citou formas menos visíveis de violência que as mulheres enfrentam diariamente.
“Violência contra as mulheres não é só feminicídio, não é só agressão, mas também violência psicológica e violência de gênero, como quando querem calar sua voz e não te dão vez. Precisamos unir nossas vozes e mãos para combater qualquer forma de violência”, declarou.
Ainda conforme Hilva, esse tipo de silenciamento acontece não apenas em eventos públicos, mas também no ambiente de trabalho e no dia a dia das mulheres. “Eu, como representante feminina na nossa casa, me senti triste por não terem me dado a palavra hoje. Precisamos de mais respeito e apoio pelas mulheres. A nossa voz tem força e nunca devemos nos calar”, pontuou.
A declaração da vereadora repercutiu nas redes sociais e na comunidade local, ganhado o apoio e solidariedade de diversas organizações e indivíduos comprometidos com a luta pelos direitos das mulheres. Esse episódio sublinha a importância de garantir que todos, especialmente as mulheres, tenham o direito de se expressar, sobretudo em contextos dedicados a discutir questões fundamentais como a violência de gênero.