O cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, natural de Chicago, Estados Unidos, foi eleito papa ontem (8), ao final de dois dias de conclave e quatro votações. Com a eleição, o cardeal adotou o nome papal de Leão XIV, tornando-se o 268º pontífice da Igreja Católica e o primeiro de origem norte-americana.
O nome escolhido por Prevost já foi usado por 13 outros papas desde o século V. A escolha remete à figura de Leão I, também conhecido como Leão Magno, que exerceu o pontificado entre os anos 440 e 461 e teve atuação destacada no contexto das invasões bárbaras.
Na tradição católica, a adoção do nome de um papa anterior é interpretada como um indicativo de continuidade, reverência histórica ou inspiração pastoral.
O termo “Leão” tem origem no latim Leo e é associado à imagem de liderança e firmeza. O porta-voz da Sala de Imprensa da Santa Sé declarou que “o novo papa escolheu o nome Leão em referência ao compromisso de manter a integridade doutrinal e a unidade da Igreja”.
Simbolismo
Historicamente, a escolha dos nomes papais carrega significados vinculados a aspectos teológicos, espirituais ou históricos.
Segundo registros do Anuário Pontifício, nomes como Gregório, Inocêncio, Pio, João e Bento têm sido recorrentes ao longo dos séculos.
O nome João, por exemplo, deriva do hebraico Yochanan e significa “Deus é misericordioso”. Já “Pio”, do latim pius, está ligado à ideia de devoção religiosa.
A adoção de nomes compostos é prática recente, iniciada por João Paulo I, em 1978. O próprio nome “João Paulo” uniu referências a dois pontífices do século XX: João XXIII e Paulo VI.
Redação com IG