A morte de um professor hoje na escola Major Veneziano, em Campina Grande, executado por bandidos enquanto corrigia provas, é o sinal de alerta de que a violência já está dentro das escolas;
Outro dia uma professora me disse que na escola em que ensina os alunos ameaçam os professores com surras e até tiros, se botarem notas baixas, e que o entorno virou território de disputa de quadrilhas por ponto para vender drogas.
Quando a grande esperança para mudar o Brasil sofre ataques em seu núcleo e o exercício da profissão de professor virou atividade de risco, chegou a hora de admitirmos que ou vencemos a violência ou todos seremos reféns.
Como pode uma sala de aula virar praça de guerra e os corredores das escolas estaduais becos sem saída?
Em qualquer lugar a educação é a semente do futuro, mas na Paraíba um professor se benze várias vezes e entrega sua vida a Deus, toda vez que sai de casa para lecionar.
Como se já não bastassem os salários achatados e o governador descontando os dias parados de uma greve justa, tem o professor também de enfrentar o corredor da morte que virou uma sala de aula em escola pública.
Erraram os professores do estado quando através do Sintem colocaram como prioridade um reajuste digno. A prioridade agora é sobreviver a onda de violência que cresce acintosamente dentro das escolas estaduais, fazendo as primeiras vítimas.
Omisso, só falta agora o governador mandar distribuir colete à prova de balas para os professores.