Na manhã desta quarta-feira (21), membros da chapa 2 de oposição nas eleições do Sindicato dos Empregados no Comércio de João Pessoa (SINECOM), que ocorrerá no próximo dia 05 de setembro, estiveram na sede sindical para solicitarem pela quinta vez, a lista dos sindicalizados com os respectivos locais de trabalho e que estão aptos a votarem nas eleições da categoria. Mas, o pedido foi negado através de um documento oficial do Sinecom-JP. Segundo o integrande da comissão eleitoral e representante da CHAPA 2, Alysson Campelo os pedidos para que a relação fosse liberada, foram registrados em ata por cinco vezes, nas reuniões da comissão eleitoral. “Temos o direito e eles tem o dever de nos fornecer a lista dos sindicalizados, mas, como sempre eles se negam a liberar, isso não é democracia e muito menos transparência”, disse Alysson.
A atual vice-presidente, Michele Silva e que agora faz oposição a gestão do Sinecom confirma que já sabia que isso iria acontecer. “É mais um dos desmandos perpetrados pela atual diretoria da entidade, sou a atual vice e por não compactuar com as praticas de perseguição e falta de compromisso com a categoria, eles me escantearam e me enganaram e agora estou do lado da verdade, do lado dos comerciários”, destacou a vice da chapa 2.
O grupo que atualmente comanda o sindicato dos comerciários está no comando do Sinecom há mais de duas décadas, sem nunca ter representado os trabalhadores no comércio e somente trabalhando em causa própria, utilizando-se de um estatuto totalmente antidemocrático, para inviabilizar que pessoas de boa fé conquistem o comandado da instituição sindical. Os absurdos são tão grandes, que permitem ao atual presidente que concorre à reeleição, coordenar todo o processo eleitoral, nomeando a Comissão Eleitoral, que nos demais sindicatos é eleita em assembléia.
A candidata a presidente pela Chapa 2, Eliane Arruda repudia totalmente este tipo de expediente anti-sindical, pois em todas as entidades filiadas as eleições tem transparência e na maioria delas concorrem duas ou mais chapas. “É injusto e inadimissivel o cerceamento ao direito de informação nas eleições sindicais” declarou Eliane.