Quando o Governo do Estado admitiu ontem em nota oficial da secretaria de Comunicação que existiu a operação policial denunciada pelo Fórum dos Servidores assumiu que existe um propinoduto na gestão do atual governador desde o início.
E, ao admitir querendo mascarar com viés republicano o escândalo quando afirma que Ricardo Coutinho soube e mandou o MP apurar, nos leva a seguinte pergunta: porque ele não afastou dos cargos os auxiliares envolvidos?
Mais grave ainda e atabalhoada foi a declaração do secretário de Segurança ao Jornal da Paraíba. Cláudio Lima diz com todas a letras que mandou devolver o dinheiro apreendido. Resumindo, o flagrante da Polícia quando prendeu o “aviãozinho” do esquema tentando furar uma blitz num Fox blindado e o inquérito assinado por oito delegados viraram pó com a ordem de Cláudio Lima.
Houve o crime de desvio de dinheiro público sendo by passado pelo escritório Bernado Vidal para pagamento de propina aos figurões citados no inquérito protocolado ontem por 39 entidades de servidores públicos no MP, houve o flagrante e o delator confirmando tudo num depoimento a oito delegados.
O governador tomou conhecimento de tudo em tempo real e agora quer culpar o Ministério Público, como se quem tivesse a caneta para demitir fosse o procurador geral de Justiça e não ele próprio.
O que me chama a atenção neste episódio é que Livânia Farias hoje é secretária de Administração e acompanha RC desde a PMJP, Laura comanda o Porto de Cabedelo e vem com ele desde a PMJP, Gilberto Carneiro hoje é procurador geral do Estado e já foi da PMJP e Coriolano dispensa comentários, pois é irmão e vem com RC desde o berço. Junto com todos vem o Escritório de Advocacia Bernardo Vidal, que desde o tempo em que Ricardo era prefeito já prestava serviços polêmicos e duvidosos ao grupo.
Resumindo, o propinoduto existe, mas falta o MP apurar.