Depois do que José Araújo, secretário de Comunicação da Prefeitura de Campina Grande, tuitou hoje compartilhando sua sugestão para mulheres em trabalho de parto com o prefeito Romero Rodrigues, eu só posso concluir que ele é traumatizado, noiado, odeia o dom que as mulheres têm de parir e sofre com problemas desde o berço com sua genitora.
Não posso pensar outra coisa depois que ele disse: “O parto cesáreo é programado, o normal, não. Esse pode ocorrer em casa, no meio da rua, em viaturas, táxis ou sofás.”
E ele disse isso compartilhando com o prefeito sua opinião pessoal e profissional para justificar que a gestão não pode ser responsabilizada pelos episódios recentes e lamentáveis que ocorreram no ISEA, quando uma mulher teve filho no chão e outra perdeu o bebê.
Um advogado exercendo a função de um jornalista, Araújo agiu como se estivesse defendendo um cliente culpado, mas que precisa de uma brecha na legislação para se safar da cadeia.
Araújo talvez não saiba, mas não existe parto “cesáreo”, mas “cesariana” ou “cesária”, que é a abreviação da palavra feminina cesariana.
Recomendo ao secretário do prefeito Romero um bom divã de analista para se livrar desses fantasmas que o influenciam toda vez que vai opinar sobre as mulheres.
Recalque, numa função que requer isonomia, acaba gerando homofobia. E homofobia é crime nobre advogado.