Com a disparada da inflação, a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) chegou a 31,3% só no governo de Jair Bolsonaro, de acordo com cálculos realizados pelo Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), informou o G1.
A última correção da tabela foi realizada em 2015 e o incremento da defasagem tem aumentado a tributação dos mais pobres e faz com que a cada ano um número maior de brasileiros tenha de pagar imposto de renda.
O levantamento da Unafisco mostra também que, de 1996 a junho de 2022, a defasagem acumulada da tabela do IR das pessoas físicas é de 147,4%. No começo do ano, estava em 134,5%. A não correção da tabela representa um aumento da carga tributária para a população.
A atualização da tabela foi uma promessa da campanha de 2018 de Bolsonaro, mas não foi cumprida. O então candidato defendeu também isenção para quem ganha até 5 salários mínimos.
A mudança no IR agora virou promessa para 2023. Nesta semana, o presidente Bolsonaro disse que a correção para o próximo ano já foi acertada com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não foram antecipados detalhes.