EXCLUSIVO – A cena que vou descrever em detalhes a seguir aconteceu no finalzinho de 2013 na casa da prefeita do Conde, Tatiana, e foi protagonizada pelo irmão do governador, Coriolano, e por Laura Farias, superintendente da Sudema.
A prefeita do Conde recebeu um recado de que o irmão de Ricardo Coutinho gostaria de falar com ela pessoalmente e logo ligou a pessoa a um assunto de cunho político.
Horas depois chega a sua casa Coriolano e Laura e este foi logo adiantando que seu irmão estava querendo alugar a mansão em que Tatiana mora lá em Tabatinga e quanto ela cobraria por um período de 15 dias.
Surpresa com a abordagem e sem jeito para dizer um não, ela acabou alugando o imóvel localizado em lugar paradisíaco para o governador veranear com sua esposa e filho.
Até aí tudo bem. Afinal, RC pode e tem direito a descanso. O problema é que a mansão foi construída em local impróprio por ser área ambiental e o MPF move uma ação pedindo a demolição e, ao alugar um imóvel ilegal, o governador acabou abonando informalmente a invasão.
Pior ainda, a própria superintendente da Sudema Laura Farias participou do negócio e comprometeu sua pasta ao fazer vista grossa para uma construção que depredou o meio ambiente e está embargada.
Na verdade, o imóvel não pertence a prefeita do Conde. Ela alugou por três anos ao americano Timothy Eugene Norris, que exigiu e recebeu 200 mil reais adiantados pela locação, independente de no período a casa ser demolida e o objeto de locação não existir mais.
Nosso blog não está querendo transformar em férias do barulho o merecido descanso do governador, mas estranha que ele e o irmão não tenham ponderado o fato de contra a mansão ter uma ordem de demolição pedida pelo Ministério Público Federal.
Aliás, por quê será que a superintendente da Sudema foi chamada a se envolver na locação da mansão de Tabatinga, construida em uma área de preservação permanente, ali perto da fonte?
Será que tudo que esse governo gosta é ilegal, imoral ou engorda?