Em reunião com o governador da Paraíba neste sábado (26) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deixou bem claro que não há interferência no Ministério da Saúde e não há envolvimento de parlamentares em negociações. “No Ministério da Saúde nenhum parlamentar tem interferência, sem exceção. Quem conduz sou eu, os secretários e os demais funcionários que integram a pasta”, disse.
Ele ainda afirmou que não acompanhou o depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Pandemia nessa sexta-feira (25).
Miranda afirmou, depois de sofrer pressão durante a CPI, que o parlamentar citado pelo presidente Jair Bolsonaro como alguém com possível envolvimento no esquema suspeito da compra da Covaxin é o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR).
Contradições
Marcelo Queiroga tem sido cobrado sobre negociações para a compra de imunizantes da Covaxin. O ministro disse, em entrevista, que o ministério da Saúde não adquiriu nenhuma dose dessa vacina.
Já em publicação de fevereiro deste ano nas redes sociais, a pasta, ainda sob comando de Eduardo Pazuello, anunciou a assinatura do contrato para compra de 20 milhões de doses da vacina, desenvolvida pelo laboratório Bharat Biotech. “O Ministério da Saúde assinou contrato para compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin junto à Precisa Medicamentos/Bharat Biotech. O investimento total foi de R$ 1,614 bilhão na compra da vacina produzida na Índia”.
Foto: Walisson Bezerra.