Nem o exemplo dado pelos presidenciáveis Dilma e Aécio, que, orientados por seus marqueteiros, assumiram seus pontos fracos, convenceram o governador Ricardo Coutinho a assumir que sua gestão errou ao colocar presidiários nas ruas distribuindo panfletos e bandeirando pela sua reeleição.
Não que aqueles que um dia cometeram delitos não possam ser ressocializados, mas forçar a barra para ter comissionados e presidiários fazendo número em esquinas e sinais é um sinal de que a campanha não tem militância espontânea e só quem tem medo da mão poderosa do Estado veste a camisa.
Dilma assumiu hoje que houve um grande desvio de recursos na Petrobras e quer passar a história a limpo, mesmo que correligionários próximos sejam atingidos.
Aécio assumiu no debate do SBT que foi parado numa blitz da Lei Seca e que estava irregular, pois tinha bebido e não quis se submeter ao bafômetro, pois errar é humano e permanecer no erro é burrice.
Ruim mesmo é quando o candidato se acha acima do bem e do mal e, mesmo com sua ex-secretária de Finanças afirmando que houve desvios de recursos na Suplan, um inquérito policial constatando um propinoduto e imagens flagrando presos panfletando seu material, finge que nada do que a imprensa denuncia é real.
A diferença também entre o cenário nacional e o estadual é que o diretor da Petrobras foi preso e tá dedando todo mundo, Aécio foi parado mesmo na Lei Seca e teve o fato divulgado em rede nacional.
Enquanto isso, aqui o Judiciário finge que nada acontece, não tem ninguém preso e até agora o MP não respondeu aos questionamentos de um Fórum que reúne mais de cem entidades.
Seria a Paraíba terra de ninguém?