O bilionário Elon Musk informou nessa sexta-feira (8) que desistiu do acordo de compra do Twitter. Em documento enviado à SEC, órgão americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários, ele afirmou que houve uma violação de várias disposições do acordo.
Em comunicado, o Twitter disse que a empresa vai recorrer à Justiça para fazer valer o negócio firmado com Musk. O anúncio da saída do bilionário do negócio acontece três meses depois que ele chegou a um acordo com o conselho de administração do Twitter para comprar a rede social por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 231 bilhões na cotação dessa sexta-feira).
Antes da oferta da compra, Musk chegou a adquirir 9% das ações da rede social.
O homem mais rico do mundo vinha questionando a plataforma sobre o número de contas falsas e de spam, e já havia ameaçado desistir da compra se não pudesse realizar sua própria análise. A rede social diz que os perfis fakes representam menos de 5% de sua base de 229 milhões de usuários.
Um novo documento aponta que a rede social não forneceu todos os dados que, na avaliação de Musk, seriam necessários para finalizar a negociação.
“O Twitter não cumpriu suas obrigações contratuais. Por quase dois meses, Musk buscou os dados e informações necessários para ‘fazer uma avaliação independente da prevalência de contas falsas ou spam na plataforma do Twitter‘”, diz a carta.
“O Twitter falhou ou se recusou a fornecer essas informações. Às vezes, o Twitter ignorou os pedidos de Musk, às vezes os rejeitou por razões que parecem injustificadas e, às vezes, afirmou cumprir ao fornecer informações incompletas ou inutilizáveis a Musk”, disse.