O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), através do seu presidente Carlos Lula, divulgou nota nesta sexta-feira (08) pedindo que os gestores brasileiros mantenham a obrigatoriedade do uso de máscaras em todo país. Conforme o texto, a situação pandêmica do Brasil ainda exige cautela e prudência.
“É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder”, destaca uma parte da nota.
No país, algumas prefeituras já planejam retirar a exigência do uso do equipamento de proteção facial. A Prefeitura de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, publicou decreto no qual retira a obrigação da utilização da máscara em locais abertos ou fechados da cidade. Em São Paulo e no Rio de Janeiro a medida está em análise.
“O momento ainda exige cautela e prudência. Outros interesses que não os da proteção da população não podem se sobrepor à salvaguarda de nosso mais importante patrimônio: a vida e a saúde de todos os brasileiros”, encerra o texto.
Confira a nota do Conass na íntegra:
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), diante das notícias veiculadas recentemente pelos meios de comunicação acerca de iniciativas que pretendem relativizar o uso obrigatório de máscaras, que integra o rol de medidas não farmacológicas de proteção contra a COVID-19, sente-se no dever de apelar a todos os gestores do Sistema Único de Saúde para que mantenham seu uso de caráter obrigatório, nos moldes atuais, como estratégia indispensável ao sucesso de nossos esforços contra a pandemia.
A vacinação da população, a testagem e o consequente monitoramento dos casos detectados e de seus contatos, somam-se ao uso de máscaras, à lavagem frequente das mãos e a utilização de álcool em gel como medidas indispensáveis para a superação da pandemia.
É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder.
O momento ainda exige cautela e prudência. Outros interesses que não os da proteção da população não podem se sobrepor à salvaguarda de nosso mais importante patrimônio: a vida e a saúde de todos os brasileiros.
Carlos Lula
Presidente do Conass