Em seu gabinete na presidência do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro-presidente Vital do Rêgo Filho afirmou, durante entrevista ao Poder em Debate, não sentir falta da política partidária. Ele ressaltou que se realiza acompanhando o trabalho de seu irmão, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que representa a Paraíba no Congresso Nacional.
“Eu me sinto em Veneziano, a gente é tão ligado, eu me orgulho muito por Veneziano. O trabalho que o Veneziano está fazendo pela Paraíba, o seu desempenho, a sua verticalidade… Então me sinto em Veneziano. Por isso, não sinto essa saudade telúrica do Senado. Aqui é uma casa maravilhosa!”, declarou Vitalzinho.
Na oportunidade, o ministro também relembrou um momento pessoal relacionado à sua nomeação para o TCU, destacando a trajetória de seu pai, que esteve a um passo de se tornar ministro da Corte, mas não conseguiu a vaga devido a disputas políticas.
“Eu vim atendendo, ao que eu entendo, um convite do meu pai. Porque o meu pai tinha uma das suas poucas, mas grandes frustrações: não ter ocupado esse espaço que eu estou. Em 1995, houve um acordo em torno do nome dele. Havia compromissos do presidente da Câmara, do líder do governo, de toda a cúpula do Legislativo para que a vaga do Tribunal de Contas que seria aberta fosse para ele, e ele acreditou nisso. E quando chegou a época da eleição, lhe tiraram o direito até de ser candidato. Essa foi uma frustração que eu vivi!”, disse Vital.
Quando foi indicado ao TCU, Vital do Rêgo estava como pré-candidato à presidência do Senado, na sucessão de Renan Calheiros, e se viu em dúvida sobre aceitar a vaga. Ele compartilhou que, às vésperas de sua escolha para o cargo, em 2014, teve um sonho com seu pai, o que o marcou profundamente e influenciou sua decisão.
“Quando fui convidado para a vaga do TCU, eu fiquei muito em dúvida, porque estava me pré-candidatando à presidência do Senado na sucessão do presidente Renan Calheiros. Fiquei muito na dúvida mesmo, porque eu gozava de um trânsito muito grande no Senado. Mas, faltando dois dias para que pudesse renunciar ao mandato, tive um sonho com o meu pai. Neste sonho, o meu pai estava a rir para mim”, revelou.
Em relação à possibilidade de retornar ao setor privado ou à política, o presidente do TCU afirmou que não considera essa hipótese no momento.
“Eu nunca parei para pensar nessa hipótese. Estou num momento importante destes dois anos na presidência, estou focado nisso, muito determinado para que façamos uma gestão diferenciada no Tribunal. Acho que não. Repito: sinto-me muito contemplado com Veneziano, um homem realizado na vida pública, de vereador a senador, passando por prefeito”, expressou.
Vitalzinho também falou sobre a continuidade da tradição política em sua família, mencionando que uma sobrinha ingressou recentemente na vida pública como vereadora em Campina Grande. “Me sinto muito bem com eles na atividade política, mas eu fico aqui, fico dando só conselhos”, concluiu.