Para comemorar o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, comemorado nesta sexta-feira (26) o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) reforça sua bandeira de luta em prol da expansão do programa “Saúde Não Tem Preço”, por meio do qual medicamentos para hipertensão e diabetes passaram a ser distribuídos gratuitamente, a partir do ano passado, na rede de farmácias populares, como também pela quebra de patente de alguns medicamentos para tratamento desta doença crônica não transmissível.
Vice-líder do governo no Senado, o senador Vital do Rêgo, vem desde o começo de seu mandato defendendo uma mudança no sistema de saúde pública brasileiro para proporcionar um barateamento nos custos, produção e valores dos medicamentos vendidos no Brasil, pois enfatizou que hoje, 72% das causas não violentas de óbito entre pessoas com menos de 70 anos são com pessoas com doenças crônicas, a exemplo da hipertensão e diabetes. “No Congresso aprovei a proposta que concedeu R$ 593 milhões em créditos suplementares ao Ministério da Saúde para a Prevenção e Combate as doenças crônicas”, afirmou.
Para Vital os números de vitimas de hipertensão tendem a aumentar devido às mudanças no padrão alimentar, à redução da atividade física e ao envelhecimento populacional acelerado da população brasileira. “Muitas pessoas não atentam para as condições de risco, como ter parente hipertenso, fumar, ou ingerir bebida alcoólica em excesso. É preciso medir a pressão uma vez por ano e tratar de forma efetiva”, garante Vital que é médico.
Conheça o ‘Saúde Não Tem Preço’
Esta oferta de medicamentos gratuitos na rede “Aqui Tem Farmácia Popular” é resultado de um acordo entre o Ministério da Saúde e sete entidades da indústria e do comércio. O acordo beneficia 33 milhões de brasileiros hipertensos e 7,5 milhões de diabéticos. Além de ajudar no orçamento das famílias mais humildes, que comprometem 12% de suas rendas com medicações.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 36 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência destas doenças, principalmente nos países mais pobres. O senador, reforçou que por isso é fundamental flexibilizar as patentes dos medicamentos destinados às doenças crônicas não transmissíveis para que mais brasileiros tenham acesso aos tratamentos. Segundo ele, foi à flexibilização das patentes que permitiu que hoje 200 mil pessoas com o vírus HIV tenham acesso aos medicamentos.
DADOS ESTATÍSTICOS NO BRASIL:
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010.
Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O Vigitel é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP). Em 2010, foram entrevistados 54.339 adultos, nas 26 capitais e no DF.
De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). “Nos dois sexos, no entanto, o diagnóstico de hipertensão arterial se torna mais comum com a idade, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade e mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais de idade”, explica o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
O aumento se deve ao maior acesso da população ao diagnóstico na atenção primária de saúde. E as mulheres procuram mais o diagnóstico na atenção básica, daí uma prevalência mais significativa entre elas.
O estudo aponta que a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico é mais marcada na população feminina: enquanto 34,8% das mulheres com até oito anos de escolaridade referem diagnóstico de hipertensão arterial, a mesma condição é observada em apenas 13,5% das mulheres com doze ou mais anos de escolaridade.
A variação entre as capitais é de 13,8%, em Palmas, a 29,2%, no Rio de Janeiro. Nos homens, as maiores frequências foram observadas no Distrito Federal (28,8%), Belo Horizonte (25,1%), e Recife (23,6%); e as menores, em Palmas (14,3%), Boa Vista (14,6%) e Manaus (15,3%).
Entre mulheres, os maiores percentuais foram no Rio de Janeiro (33,9%), Porto Alegre (29,5%) e João Pessoa (28,7%); e os menores, em Palmas (13,2%), Belém (17,4%) e Distrito Federal (18,1%).