A manchete do Jornal O Globo de hoje diz que o Rio de Janeiro tem o menor índice de homicídios dos últimos 20 anos; notícia publicada na Folha aponta São Paulo comemorando o recuo da criminalidade.
E na Paraíba? Aqui a violência disparou e no balanço comparativo de janeiro a janeiro uma luz amarela acedeu na Segurança Pública.
Não sou daqueles que comemora a desgraça e prefiro me manter a margem do circo dos horrores de quem explora a violência como meio de vida.
Não pode uma cidade que já foi modelo e até lugar recomendado para retiros e repousos pela tranqüilidade que emanava, de uma hora para outra virar um barril de pólvora.
Homicídios, assaltos e latrocínios fazem os gráficos das estatísticas manterem postura ascendente sem que ninguém ponha uma rédea curta e minimize.
Essa coisa do discurso purpurina pra enganar platéia é aceitável em outras áreas pela subjetividade, mas na segurança pública as coisas acontecem em tempo real e uma vida ceifada não tem volta. Chega de proselitismo e discurso retrô!
Ou o governador tem uma política pública eficaz para o setor ou não tem e se não tem a sociedade precisa pressionar, pois explodir caixas eletrônicos e bancos com dinamite é o limite da tolerância.
E não adianta dizer que a Polícia tem culpa, que não tá investigando ou patrulhando. Tem Polícia na rua sim, mas não tem psicologia na gestão do aparelho policial.
Enfrentar a bandidagem alimentada e bem armada é suicídio se o policial não tiver o seu emocional e financeiro trabalhado.
Nossa Polícia é operacional, o novo secretário de segurança é profissional, mas falta o governador fazer as pazes com a tropa.
Nesta quarta um indicativo de greve será anunciado na assembleia coletiva das polícias civil e militar.
Conforme adiantamos aqui outro dia, antes do carnaval a Polícia entra em greve e o caos se amplia.
E agora governador?