“O Governo do Estado dá mostras de que perdeu o controle em relação à violência na Paraíba, o que é profundamente lamentável”. A afirmação foi feita na tarde desta terça-feira (02) por Veneziano Vital do Rêgo, ao comentar os índices alarmantes de violência registrados no Estado, que segundo sua análise, só tem crescido nos últimos dois anos.
Ele disse que por falta de uma política definida de segurança pública, o Governo da Paraíba deixou a situação chegar ao ponto que chegou, com o Estado figurando entre os mais violentos do País, sendo destaque nacional e até mesmo internacional. Para ele, a inoperância estadual é responsável pela situação atual, que colocou João Pessoa como a 10.ª cidade mais violenta do mundo, segundo estudo divulgado pela Rede de TV CNN.
Para Veneziano, a solução para o problema da segurança na Paraíba passa por investimentos contínuos no setor, a começar pela valorização dos policiais, que deveriam receber um salário mais justo. “O governo deveria começar pela valorização do policial, pagando um salário digno aos que se dedicam à nossa segurança”, disse.
Ele também defendeu investimentos no serviço de inteligência da polícia e na estrutura policial, para dotar os policiais de condições dignas de trabalho. “Não podemos combater a criminalidade com rodízio de coletes, armas, munição, como ocorre hoje. É preciso que haja determinação e vontade política do governante para mudar o quadro”.
Trabalho em conjunto – Para Veneziano, além da valorização policial e reestruturação do aparato disponível para o trabalho diário das polícias, é necessário haver uma ação conjunta entre as polícias e de parceria entre Governo do Estado e Prefeituras.
“É necessário uma ação integrada. Ao mesmo tempo em que o governo valoriza o policial e lhe dá condições para executar bem o seu trabalho, tem que focar na integração das polícias e numa ação efetiva que passe pela união dos esforços estaduais com os esforços de cada município, num trabalho integrado, sistematizado e bem coordenado, através de uma política que integre as ações estaduais com as municipais”
Segundo ele, este trabalho integrado passa pela iniciativa do Governo do Estado de propor soluções conjuntas e, mais que isso, garantir as condições para que os municípios implantem estas soluções. “Como gestor estadual é necessário propor as parceiras, mas também das condições para que os municípios façam a sua parte, pois todos nós sabemos das dificuldades por que passam as cidades”.
Ele lembrou que, quando Prefeito de Campina Grande, adotou medidas para minimizar a escalada da violência na cidade que surtiram efeito, tais como:
– Implantação do Sistema Integrado de Monitoramento – SIM, com a instalação de câmera de segurança em todas as ruas da área central da cidade, responsável por uma redução considerável no número de crimes nas rua e no aumento do percentual de elucidação de crime
– Integração do trabalho de segurança pública, através da SIM, com a união da STTP, Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e SAMU;
– Implantação do Programa Iluminando Campina, que proporcionou iluminação aos locais de maior atenção por parte das autoridades policiais;
– Implantação da Guarda Civil Municipal, para auxílio das polícias no trabalho diário, nas praças, logradouros e próprios públicos;
– Implantação do SINT – Serviço de Proteção ao Adolescente em Cumprimento de Medidas Sócio-Educativas;
– Implantação do CEAV – Centro de Combate à Violência;
– Implantação das Casas da Esperança I e II, para meninos e meninas.
– Ampliação do PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil;
– Dentre outras ações