A notinha abaixo eu pesquei da coluna Trágico e Cômico, de Diogo Sales, colunista do jornal Estado de São Paulo, o que achei uma síntese hilária dessa mistura de ficha suja com bandidos de toga que enlameiam o Brasil.
“Finalmente o Ficha Limpa passará a valer nas eleições municipais desse ano.
Na teoria, apenas, pois quem acha que essa briga acabou, está enganado. A prática, como sabemos, é outra. Nesse momento, os fichas-sujas já se movimentam nos bastidores para encontrar um advogado que encontre uma brecha na lei e um bandido de toga de sua confiança, que valide a candidatura.
É assim que a banda toca por aqui, não sabiam?
Com a candidatura do ficha-suja garantida juridicamente, o que resta é o eleitorado e as urnas. E, nesse jogo, o ficha-suja joga em casa – e pelo empate…”
Cá pra nós, conforme foi muito bem ilustrada na charge abaixo, a bandalheira que deixa os bastidores do poder cada vez mais fedorento é um coisa gritantemente hipócrita e só com muito bom humor mesmo para agüentar a fedentina que emana de paletós e togas nas assembléias e tribunais.
O que eu acho execrável e o maior escárnio é justamente a falsa moral de políticos, juízes e promotores, homens de bem de boa fachada, mas péssima condulta na vida privada nem sempre tão privativa e passíveis de descerem descarga adentro em uma privada pública.
Uns são ladrões, outros ajudam os ladrões a se manterem a solta para roubar para os dois, e outros trazem em seu currículo não divulgado acusações de pedofilia e outras taras não externadas.
Quanta safadeza rola entre os bandidos de toga e os fichas sujas que nós pobres mortais não sabemos ou quando sabemos não podemos publicar.
A quem interessar possa: rastreador já no encalço de quem se diz “limpo e guardião da moral e bons costumes, não é bicho papão, mas anda comendo criancinhas por aí”.
Atenção santidade do pau oco: um dia a casa cai!