O clima nas igrejas evangélicas é de terror e a pressão dos pastores sobre o rebanho é algo nunca visto, numa mistura explosiva de religião e política, interesses inconfessáveis e fé cristã.
Não é exagero comparar o que acontece nos templos com o que a Bíblia alerta sobre a vinda do anticristo. Hoje os fiéis substituem Jesus por Bolsonaro induzidos pelos pastores que pregam guerra santa ao pintar Lula como satanás.
Abaixo, aqui mesmo na Paraíba, um exemplo dessa exploração e delírio hipócrita. Numa mensagem do pastor Moisés Gouveia para o Pastor Emanuel ele diz que “se os crentes não for (sic) pra tapa Bolsonaro perde a eleição”, como se a salvação de todos dependesse da eleição de Bolsonaro e estivéssemos diante do juízo final.
Esse assédio nos templos tem constrangido muitos fiéis que não gostam ou que preferem a igreja fora da política. Muitos estão sendo perseguidos por não trocarem Jesus por Bolsonaro.
Hoje as igrejas evangélicas foram transformadas em comitês de Bolsonaro, que é mais idolatrado do que o próprio filho de Deus.
O efeito dessa “guerra santa” pode acabar transformando o Brasil num país com intolerância religiosa, dividido entre evangélicos e católicos, com os primeiros se achando no direito de perseguir outras correntes da fé.
Até quando e quais os desdobramentos dessa guerra santa fake?
Dércio Alcântara