A diferença de 12 milhões que TCE detectou entre a folha de codificados apresentada pela secretaria de Saúde da gestão RC, referente ao ano de 2013, e a que o Banco do Brasil efetivamente pagava, pode ser apenas o início de uma descoberta ainda maior e a Paraíba pode ter sim a sua própria Lava Jato, basta que por aqui apareça algum juiz arrochado como Sérgio Moro.
Os sinais de que a terceirização na Saúde embutem propinas milionárias são gritantes e não resistiriam a uma investigação séria. São ululantes as evidências de superfaturamento nos Traumas de João Pessoa e Campina. Onde o governo terceirizou, a exemplo de Patos, há indícios de roubalheira.
É que com a terceirização tudo corre frouxo e a sociedade acaba perdendo o controle e não sabe para onde foi o dinheiro de verdade. A Cruz Vermelha, por exemplo, compra a quem quiser sem a necessidade de uma licitação rígida.
No caso dos codificados, a secretaria de Saúde contratou mais de oito mil pessoas de forma precarizada, apenas pelo CPF. Essa diferença de 1 milhão de reias/mês, encontrada pelo conselheiro Nominando Diniz(foto), que deu prazo para o ex-secretário Waldson Souza se explicar, precisa ser investigada por uma CPI.
Pergunta que não quer calar: se na folha de codificados de 2013 supostamente sobrou 12 milhões, quanto supostamente teria sobrado das terceirizações dos hospitais e maternidades? E, somados, quanto supostamente teria sobrado de 2011 pra cá?
E vale aquela máxima: quem não deve, não teme. Ou descobriram o fia da meada e o governo quer abafar o caso?