O vereador Tarcísio Pistola Jardim precisa de freio no seu ímpeto de violência contida temporariamente. O Conselho de Ética da Câmara não pode deixar pra lá essa aberração de sacar uma pistola em plena sessão para fazer ameaças veladas.
Ele não é um vereador, mas uma ameaça a integridade dos pares e da imprensa que cobre aquele poder. Quem Tarcísio Jardim pensa que é? Um justiceiro? Um miliciano? Será que ele acha que o plenário, mesmo que virtual, é um tatame?
A impressão que ficou é que o vereador pistoleiro pode sacar sua pistola para qualquer um para se impor pela força bruta, pois também é faixa preta e vice-campeão mundial de jiu-jitsu. Tarcísio Jardim é o reflexo do espírito autoritário do presidente Bolsonaro, seu ídolo.
Em gente com esse viés antidemocrático e até antissocial não se pode acender holofotes por causa do risco de influenciar outros e gerar um efeito dominó em casas legislativas Paraíba adentro. Não é força que impõe respeito, mas a razão e o diálogo.
A idade da pedra passou e esse rapaz provou ontem que não tem a menor condição de ser parlamentar e talvez nem de continuar policial. É uma excrecência, um erro da leitura de cenário feita por eleitores que acreditam nas bravatas de Bolsonaro, Daniel Silveira e Tarcísio Jardim.
Dércio Alcântara