Ao perder Luciano Agra, perdemos não só aquela figura carismática e atenciosa, mas o melhor prefeito que João Pessoa já teve, nosso maior pensador urbano. Me nego a dizer que perdemos um político, pois isso ele nunca foi, era decente demais para assimilar o jogo bruto inerente.
Agra pensou e planejou Campina na gestão de Enivaldo Ribeiro, na condição de secretário de Planejamento; Luciano pensou, planejou e devolveu a João Pessoa os espaços de contemplação nas gestões de Ricardo Coutinho e na sua própria.
Era um homem puro, de bem, maneiro. Seu maior defeito pode ser considerado virtude. Era ingênuo e graças a essa característica não sujou as mãos na passagem pelo poder.
Sai da vida e da vida pública sem máculas. Só por esse feito já merece que rendamos todas as homenagens.
Finalizo dizendo que, seja como arquiteto, prefeito de João Pessoa ou ser humano, a passagem de Agra pelo mundo deixou a vida do pessoense mais agradável.
Aquele chapéu agora repousa no chapeleiro.