São tantas as incertezas dos cassistas em relação ao futuro de seu líder maior que ontem bastou um jornalista ligado ao senador Cássio escrever um artigo sobre conjecturas para 2014 para em seguida a rede social ser invadida com especulações e interpretações, uma delas a de que Cássio poderá apoiar Veneziano, caso sua candidatura não logre êxito jurídico.
Marcos Alfredo discorreu em seu texto sobre as insatisfações e frustrações dos cassistas, que experimentaram em 2010 o que se chama no jargão político de “Vitória de Pirro”, que é aquela em que o cara ganha, mas não leva. Ou seja: os cassistas elegeram o governador, mas não mandam em nada.
Perguntei logo cedo a Veneziano o que ele achava e até brinquei iniciando nossa conversa chamando-o de Veneziano Cunha Lima. “Todo apoio é bem recebido, mas alianças se articulam convergindo ideias, princípios, e nós estamos abertos ao diálogo com o Blocão, com o senador e com qualquer outro que queira aderir, sentar e conversar sobre política”, disse Veneziano.
Aos olhos da maioria a união de Veneziano com Cássio parece impossível, como já pareceu um dia a união de Ricardo com ele e Efraim Morais, mas em política tudo é permitido, até boi voar.
Cássio é de Campina e Veneziano também. Lá, são duas forças antagônicas que dominam as paixões de uma Campina inteira, as duas metades da maçã.
Juntos são imbatíveis, irresistíveis, avassaladores, pois partiriam da Serra da Borborema com uma supremacia de fazer tremer qualquer adversário, mesmo que este esteja com os cofres cheios, como está Ricardo Coutinho.
Lá em Brasília os senadores Vital, Cássio e Cícero conversam e riem o tempo todo e nós, pobres mortais, ficamos a imaginar do que tanto falam, do que tanto riem.
Há quem diga que Cícero tem costurado uma aliança em torno de Veneziano; há quem diga que Cartaxo e Cássio estão trocando idéias; há quem diga que PMDB, PT e PSDB podem marchar juntos.
A primeira vista parece uma brincadeira, mas se olharmos nas entrelinhas pode ter um fundo de verdade.
Por enquanto Veneziano deseja boa sorte a Charlinton e Lucélio, eleitos presidentes do PT no estado e na capital.
E avisa que apoios são sempre recebidos de braços abertos e diálogo franco.