Sou daqueles que defende a regra para propaganda com dinheiro público a risca. O patrocínio ou a publicidade oficial deve ser institucional e impessoal e o resto é conduta vedada.
Neste episódio da briga entre Ricardo Coutinho e Luciano Cartaxo pela inserção da marca da gestão que comandam na camiseta do clube privado Botafogo deixa à mostra o perigoso desejo de a pessoa física usufruir do retorno das ações da pessoa jurídica.
Isso é conduta vedada, isso é passível de punição, prática com inspiração estalinista/peronista, abominável, execrável.
Cria-se a falsa impressão de que “os torcedores” Cartaxo e Coutinho são benfeitores, quando ambos nada mais fazem do que fomentar o esporte com o dinheiro do contribuinte, mas se comportam absolutamente iguais no erro da usurpação e farsa. São dois pavões.
Cabe ao Ministério Público coibir essa disputa personalista, chamar o feito a ordem e lembrá-los de que o dinheiro é público e não privado, institucional e não varejista.
Quanto a PMJP deu ao clube privado Botafogo e de que programa legal veio? Quanto o Governo do estado deu ao clube privado Botafogo e de que programa legal veio?
São perguntas que devemos exigir respostas, assim como uma fiscalização do Ministério Público para coibir o uso da máquina pública em favor da imagem dos titulares.
E, cá pra nós, que Estela era incompetente eu já sabia, mas me surpreendi com o completo alheiamento do novo secretário de Comunicação da Prefeitura de João Pessoa, o executivo Cacá Martins, inábil e negligente quando deixou a agência de propaganda Mix veicular uma peça publicitária da PMJP com a foto do governador Ricardo Coutinho entregando a taça, justamente o pivô da crise entre os vaidosos Cartaxo e Ricardo.
Acho melhor o prefeito cuidar de resolver o problema da pane no sistema que deveria emitir notas fiscais eletrônicas e o governador cuidar dos hospitais e dos problemas que alastram a violência.
Antes que a população bote fogo no circo.