O médico pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, foi indiciado no segundo inquérito policial por estupro de vulnerável envolvendo duas crianças, um menino e uma menina. Segundo a delegada Andrea Lima, o inquérito foi concluído na última terça-feira (10) e também incluiu depoimentos de duas sobrinhas do médico, ouvidas como declarantes.
Ambos os inquéritos foram conduzidos pela delegada Isabel Costa, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude. O mais recente foi encaminhado à Justiça.
De acordo com a delegada Andrea Lima, as sobrinhas do pediatra foram ouvidas como testemunhas no novo inquérito, pois o prazo para a prescrição dos crimes contra elas já havia expirado. O mesmo procedimento foi adotado para outras duas sobrinhas que foram ouvidas no primeiro inquérito.
Na última sexta-feira (6), o médico compareceu à Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e a Juventude e, pela primeira vez, se manifestou publicamente sobre as acusações. Inicialmente, ele se recusou a falar com a imprensa, mas posteriormente negou veementemente qualquer envolvimento com os crimes. “Nego. Nego para todo o sempre. Nego tudo”, afirmou, insinuando ainda que as vítimas estariam buscando dinheiro.
Em coletiva de imprensa realizada em 14 de agosto, a Polícia Civil confirmou que o médico havia sido indiciado por estupro de vulnerável após a conclusão do primeiro inquérito. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou o Fernando Cunha Lima por abuso sexual contra três crianças e solicitou sua condenação por quatro crimes, incluindo a reincidência de uma das vítimas. A pena total pode alcançar 60 anos de reclusão, e também foi requisitada a prisão preventiva do médico.