As gestantes de Campina Grande que fizeram acompanhamento do pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde da Família nos primeiros dias de novembro já foram informadas da nova vacina que está sendo ofertada para elas e que é necessária contra a coqueluche. As vacinas passaram a ser disponibilizadas gratuitamente nas unidades este mês.
Foi o que aconteceu com a estudante Aleskia Tuanny. “Cheguei ao posto e fui informada que através da placenta eu iria imunizar meu filho, e assim recebi a injeção tranquilamente e já vou me preocupar com um fator a menos da saúde do bebê”, disse. A intenção é justamente prevenir a coqueluche nos recém-nascidos. Isso porque a maioria dos casos notificados é em bebês de até um ano de idade: de 17 casos notificados em 2013, 13 eram em crianças de até um ano de vida.
A coqueluche é caracterizada como doença respiratória, que provoca tosse seca e prolongada. Altamente transmissível, é causada pelo contato com bactérias contraídas através de gotículas no ar. As mulheres podem ser imunizadas desde que estejam entre 27 e 36 semanas, ou seja, de sete a nove meses de gestação. Todas as unidades, além dos oito Centros de Saúde, estão oferecendo a vacina.
A vacina da coqueluche foi incorporada no calendário este ano e é aplicada em forma de uma tríplice bacteriana (dTpa), prevenindo também contra a difteria e o tétano. Ela não apresenta nenhuma contraindicação e não causa nenhum efeito à mulher e ao bebê. Antes eram aplicadas três vacinas contra difteria e tétano, uma no início da gravidez, outra dois meses após e a terceira seis meses depois. Agora, a terceira será a dTpa.
Também estão previstas no calendário de vacinação da gestante as imunizações para a influenza (dose única em qualquer mês) e a hepatite B, que é dividida em três doses. Para os recém-nascidos, a Rede oferece a BCG (contra a tuberculose), a vacina contra a hepatite e a tetravalente em três doses, que protege contra difteria, tétano, a coqueluche e ainda meningite e outras infecções, reforçando a prevenção feita pela mãe.
Atualmente, a Secretaria de Saúde de Campina Grande também está com campanha de vacinação contra a poliomielite (seis meses a cinco anos) e sarampo (de um a cinco anos). Em ambos os casos, considera-se o limite exato de cinco anos, ou seja, a criança com cinco anos e um mês, por exemplo, já não deve tomar essas duas vacinas.
“É importante que as pessoas se vacinem e esqueçam aquele mito de que dói porque o efeito de uma vacina é muito pequeno diante do benefício da prevenção, inclusive é necessário que as mulheres venham se vacinando antes mesmo da gestação regularmente para evitar ao máximo o contágio de alguma doença por parte do bebê e que após o nascimento as crianças também sejam levadas para a vacinação”, frisou a Diretora Técnica do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, a maternidade do Isea, Lúcia Ribeiro.
BG