Muito estranho e duvidoso o Projeto de Lei de número 514, de 23 de agosto de 2017, de autoria do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), que dispõe sobre a liberação de dinheiro público para ofertar para várias instituições da cidade, totalizando a quantia de R$ 54 mil, sendo que o que mais chama a atenção é a liberação mensal da quantia de R$ 8.500,00 para o Grupo das Voluntárias, valor bem maior do que para instituições conhecidas, como a Associação de Portadores de Câncer, no valor de R$ 3 mil.
Esse Grupo das Voluntárias tem como presidente de honra a senhora Glória Cunha Lima, mãe do Senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e parente do prefeito campinense.
Lamentável ainda é que, bem recentemente, o prefeito havia negado o repasse das verbas para inúmeras instituições da cidade, exemplo da Apae, alegando que não existe Lei para essa finalidade e que não sabia nem o endereço da maioria desses organismos. Ver matéria da declaração de Romero nesse link: https://goo.gl/CK5Q7B Em entrevista à Rádio Campina FM, em 28 de julho passado, o prefeito afirmou que não tinha como bancar a quantidade de entidades que existe na cidade e, na recente Lei assinada por ele, excluiu 16 entidades, uma vez que o próprio prefeito alegou que existiam 26 recebendo essa “ajuda” do poder municipal.
O atraso nesses repasses durou oito meses, fato este que levou muitas entidades a dificuldades imensas. Na Câmara Municipal, o vereador Olímpio Oliveira, denunciou a omissão do prefeito: “O trabalho desenvolvido por essas Casas Assistenciais como: APAE; GAV; Instituto dos Cegos; Rede Feminina de Combate ao Câncer; Centro de Recuperação Homens de Cristo; Instituto São Vicente de Paulo e Casa do Menino Dr. João Moura é fundamental para o atendimento de milhares de pessoas vulneráveis socialmente”.
“Essas pessoas deveriam ser atendidas pela Prefeitura, mas dependem nos dias atuais, exclusivamente, do trabalho voluntário. Considerando que algumas dessas Casas trabalham com abrigos, cujas despesas são altas, essas instituições estão sendo prejudicadas com os atrasos nas subvenções que vem ocorrendo desde o ano passado, sem falar que nada receberam em 2017”, denuncia Olímpio.
Pela nova Lei, o Grupo de Apoio à Vida (GAV), vai receber apenas mensalmente R$ 1.500,00, entidade que tem importante atuação junto aos soropositivos.
Veja abaixo a relação das entidades que receberão a ajuda:
– Coordenação dos Clubes de Mães – R$ 2 mil
– São Vicente de Paula – R$ 5 mil
– APAE – R$ 8 mil
– Casa do Menino – R$ 5 mil
– Centro de Recuperação Homens de Cristo – R$ 3.500,00 mil
– Grupo de Apoio à Vida – R$ 1.500
– Instituto dos Cegos – R$ 5 mil
– Casa da Criança Dr. João Moura – R$ 6 mil
– Casa Padre Ibiapina – R$ 1 mil
– Associação dos Portadores de Câncer – R$ 3 mil
– Grupo de Voluntárias – R$ 8.500,00
– Instituto Social o Resgate – R$ 1.500,00
– Rede Feminina de Combate ao Câncer – R$ 4 mil
Redação