Todos nós sabemos na Paraíba que o governador Ricardo Coutinho (PSB) não é menino e se aventaria a apoiar a pré-candidatura de Eduardo Campos a presidente da República.
A prova disso é matéria publicada na edição desta terça-feira (26), no Jornal Correio Braziliense, que revela que Ricardo Coutinho e mais cinco amigos governadores do PSB já mandaram Eduardo Campos ‘puxar o freio’.
Confira a matéria na íntegra:
A virada do mês marca um passo atrás na pré-candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, contra Dilma Rousseff. E não é nada que tenha a ver com a frase dita pelo ex-deputado, ex-ministro da Fazenda, ex-governador e ex-prefeito de Fortaleza Ciro Gomes. Tem a ver com a necessidade de os governadores do partido respirarem com alguma tranquilidade. Pelo menos, enquanto 2014 do calendário gregoriano não chega.
O PSB tem seis governadores, dos quais pelos menos quatro têm sérias dúvidas sobre a pré-campanha do partido, e pedem calma bem ao estilo devagar com andor, porque (por enquanto) a candidatura é de barro. São eles: Cid Gomes, do Ceará, e os três que sonham em concorrer a um segundo mandato de governador – Ricardo Coutinho, da Paraíba, Renato Casagrande, do Espírito Santo, e, ainda, Camilo Capiberibe, do Amapá.
Dos três governadores que têm o direito de disputar mais quatro anos de comando, Capiberibe e Casagrande têm vices petistas e fizeram a campanha em parceria com os aliados. Ou seja, no momento em que Eduardo Campos colocar o bloco na rua, bagunça o coreto de seus principais palanques. Na Paraíba, diante do anúncio antecipado de Gilberto Kassab de que a tendência é apoiar Dilma Rousseff, Ricardo Coutinho, também terá dificuldades com o vice do PSD, Rômulo Gouveia.
Obviamente, o fato de os governadores estarem mais preocupados hoje com a própria sorte no ano que vem não é o único ponto que deixa Eduardo Campos sem muito oxigênio para tocar a campanha. Afinal, como já foi dito e repetido pelos petistas – inclusive por Lula -, o governador de Pernambuco tem o direito de pleitear uma candidatura presidencial. Mas, nesse caso, deve saber de antemão que contará apenas com as próprias forças, e olhe lá. Lula já lançou Dilma Rousseff, é padrinho da candidatura dela desde 2008, quando ainda era presidente e ela ministra da Casa Civil, e moverá tudo o que puder para segurar a candidatura de Campos. A primeira atitude será via governadores, manifestando apoio a eles no que vem.