Através de suas redes sociais a repórter da CNN, Carla Bridi, revelou que foi ameaçada pela equipe de segurança do presidente Jair Bolsonaro no último domingo (02).
“Ao entrarmos no carro da emissora para tentar seguir o comboio presidencial, gritaria – segurança sem máscara começou a nos ameaçar, colocou a mão em cima da arma. Dois colegas de outros veículos foram ameaçados por outro segurança – esse de fato tirou a arma do cinto”, iniciou seu relato.
Segundo a jornalista, após serem impedidos de esperar a saída do comboio presidencial, um dos seguranças perguntou seu nome, para que fosse anotado por ele. “No fim, nem dentro do carro podíamos ficar esperando o comboio sair. Tivemos que voltar para a sala de imprensa. Quando saio do carro, segurança disse que iria anotar os nomes de todo mundo e perguntou o meu. Falei que não iria passar nome nenhum”, escreveu.
Carla Bridi também relatou que a imprensa foi hostilizada pelos apoiadores do presidente. Um deles se referiu aos profissionais com xingamentos e palavrões.
“Por fim, um dos apoiadores usou os piores palavrões pra se dirigir à imprensa. E ele estava longe de nós. Quando passou por nós, nem olhou na cara. Tava acompanhado da filha, uma criança que aparentava ter 8 anos. Que tipo de educação vai passar pra essa menina, só Deus sabe”, ponderou.
A repórter finaliza o desabafo contando que um outro segurança foi até a imprensa pedir que a confusão não fosse noticiada. Em troca, os jornalistas não teriam seus nomes anotados pela equipe presidencial.
“Em resumo, hostilização por parte de seguranças e apoiadores do Presidente, em pleno domingo de plantão. No fim, um outro segurança foi chamar atenção do apoiador que nos xingou. E pediu pra que não fizéssemos matérias sobre a confusão. Em troca, não iria anotar nossos nomes”, concluiu.
Os relatos podem ser lidos no perfil do Twitter da jornalista Carla Bridi.