O “Relógio do Juízo Final” foi ajustado nesta terça-feira (28), marcando agora 89 segundos para a possível extinção humana, o intervalo mais curto registrado desde sua criação, em 1947. Desenvolvido por cientistas do Projeto Manhattan, responsável pela primeira bomba atômica, o relógio mede o risco de ameaças nucleares para o mundo.
O funcionamento do relógio é simples: quanto mais perto da meia-noite os ponteiros estão, maior o perigo de uma catástrofe para a humanidade. Quando foi lançado, ele indicava sete minutos para a meia-noite, refletindo as tensões e incertezas da Guerra Fria.
Atualmente, o “Relógio do Juízo Final” é ajustado pelos cientistas do Bulletin of the Atomic Scientists, uma organização dedicada à segurança global. Segundo os pesquisadores, o recente ajuste nos ponteiros foi influenciado por fatores como as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, o avanço das armas nucleares, a crise climática, o impacto da inteligência artificial e as ameaças de doenças infecciosas.
“O propósito do relógio do juízo final é iniciar uma conversa global sobre as ameaças existenciais muito reais que mantêm os principais cientistas do mundo acordados à noite. Os líderes nacionais devem iniciar discussões sobre esses riscos globais antes que seja tarde demais. Refletir sobre essas questões de vida ou morte e iniciar um diálogo são os primeiros passos para voltar o relógio e se afastar da meia-noite”, disse Daniel Holz, da Bulletin of the Atomic Scientists.