O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) cobrou ação conjunta do Governo da Paraíba e prefeituras para redução de interdições em unidades de Saúde no estado. Na manhã desta quarta-feira (5), o presidente do Conselho, Roberto Magliano de Morais, concedeu entrevista coletiva à imprensa para apresentar um dossiê da Saúde pública da Paraíba. Mais de 60% dos hospitais fiscalizados em 2019 oferecem risco ao exercício da Medicina e à segurança do paciente.
Magliano revelou que tratou com o governador João Azevêdo (PSB) e prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), a sugestão de operação integrada entre Polícia Militar e Guarda Civil Municipal para a segurança nas unidades de Saúde na Capital. Em 2018, 73,4% de 395 médicos entrevistados pelo Conselho disseram que já sofreram algum tipo de violência no ambiente de trabalho. A violência verbal foi a mais relatada na pesquisa, com 94,6% dos casos, seguida da violência psicológica (54,4%) e da física (7%).
Em maio passado, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, chegou a ficar 24 horas interditada pela falta de segurança no local.
O dossiê apresentado pelo Conselho mostra ainda que 54,5% destas unidades têm número insuficiente de médicos, 59,1% apresentam insumos e medicamentos insuficientes e 36,4% possuem deficiências estruturais graves.
Da redação