Conheci Estelizabel quando ela namorava meu primo Jamil Medeiros, lá de Cabedelo, que hoje mora em Manaus, ali pertinho do nosso outro primo Tony Medeiros, que foi secretário de Cultura do Amazonas, é cantor do Boi Garantido e deputado federal por aquele estado.
Nela, muita coisa mudou, fez outras opções, mas sempre foi meiga e de fala pontuada, sorridente, educadíssima.
Tem carisma, conteúdo, personalidade e, ao contrário do que possam pensar os acomodados de sempre, vai mudar o cenário da sucessão, pois tem feelings e sexto sentido feminino ao seu favor.
Tem coisas no armário que podem lhe atrapalhar, dirão uns; carregará o piano da impopularidade de Ricardo Coutinho, concluirão outros.
Estelizabel pode ser um fiasco ou pode ser uma carta na manga daquelas de quebrar a banca e fazer os adversários se empanturrarem de Lexotam.
Ricardo sonha com um coveiro enterrando Cícero e Maranhão numa cova funda e de mãos dadas.
Mas que isso, ele quer agir com os dois como aquele cara da piada da sogra ruim que morreu.
– O senhor quer que enterre em cova rasa ou funda? – Pergunta o coveiro.
– Creme e enterre na mais funda que tiver que essa velha é dura na queda e pode querer voltar- Diz o genro ainda incrédulo com a possibilidade de nunca mais avistar a desafeta
Agra não tinha esse perfil de exterminador de velhas raposas e Estelizabel é uma incógnita, o fato novo.
Claro que o governador vai correr um risco de levar uma pisa maior do que Agra levaria e assim perder esse cofre para a oposição, mas não existiria Ricardo Coutinho governador se Ricardo Coutinho não tivesse coragem para saltar no escuro.
Se essa Estelizabel de hoje for a mesma que namorou com Jamil e que durante anos convivi na área cultural do SESC, cuidem-se Maranhão e Cícero que está entrando no jogo alguém mais determinada do que Agra. E com fichas.
Cá pra nós, ao tirar Agra do jogo Ricardo quis gerar mais acomodação aos já acomodados Cícero e Maranhão, que, se pensavam que a oposição ganhava contra Agra “facinho-facinho”, agora vão dormir numa rede preguiçosa esperando a diplomação.
Se eu fosse a oposição abria o olho, tomava uma ducha fria e arregaçava as mangas.
Estelizabel é duas em uma, Estela e Izabel, contém em si os dois lados da moeda e vem aí voando baixo. E o vice? Elementar meus caros. Nonato Bandeira, o coveiro de Agra.
Quem tem medo de Estalizabel?