A Paraíba não sabe, mas no apagar das luzes dos seus oito anos de gestão em Campina, Romero Rodrigues colecionou muitas máculas em seu currículo e dentre essas a mais conhecida foi o escândalo do desvio de dinheiro público da merenda escolar, conhecida como ‘Operação Famintos’.
A segunda mácula corre nas veias e o fato de seu primo Márcio Melo ter ficado na segunda suplência de uma vaga de vereador sintetiza o desfecho lamentável.
Uma dor de cabeça que não passa, uma sangria desatada, uma cobrança sistemática. Reverbera na cabeça de Romero essa derrota como se fosse um fantasma que ele esbarra por onde passa arrastando correntes pesadas e ensurdecedoras.
Para se livrar dessa mancha no colarinho branco, Romero mitiga e mendiga solução de engenharia política.
Márcio Melo é segundo suplente do PSD e, para assumir a vaga na Câmara de Campina, precisa que dois titulares assumam cargos em primeiro escalão ou que um titular e um suplente idem.
Eva é uma vereadora eleita que se afasta para assumir uma secretaria executiva no governo e em sua vaga assume Pimentel Filho.
Mas, soube que Pimentel não quer assumir cargo e prefere o mandato. E assim, Márcio Melo continua na regra de três e precisando que outro titular eleito pelo PSD “adoeça” ou seja nomeado para o primeiro escalão das gestões Bruno ou João.
E pra Romero sair do box e Márcio Melo ganhar pista com o seu fusquinha na Fórmula 1, só tem um santo para operar esse milagre: Nelson da Vidrobox, o marido da vereadora Fabiana.
Será que nas próximas semanas Fabiana vai dormir vereadora e acordar secretária?
Dércio Alcântara.