O presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores de Campina Grande (PT-CG), Alexandre Almeida, cobrou por parte do deputado psdbista Romero Rodrigues mais coerência nas suas ações. O petista revela que o tucano vem mudando opinião sobre determinados temas de acordo com a conjectura política.
Segundo ele, enquanto Romero dispôs na semana passada na Câmara propostas para garantir a nomeação dos candidatos selecionados dentro do número de vagas previsto nos editais, algo considerado justo pelo petista e que vem sendo concretizado pelos governos de Lula e da presidente Dilma Rousseff, o parlamentar esquece que o governador Ricardo Coutinho apoiado por ele foi destaque em recente matéria publicada no dia 15 de março de 2012 no Jornal Nacional, onde o Governo do Estado foi campeão nacional em não nomeação de aprovados em concursos públicos. “Enquanto o deputado tem um discurso em prol dos aprovados em concursos públicos a nível nacional, esquece que no seu Estado a administração de Ricardo Coutinho é citada como um retrocesso para os servidores públicos, onde vemos greves constantes, má qualidade dos serviços prestados, não chamamento de candidatos legitimamente aprovados. Romero deve lembrar também que seu grupo político passou 20 anos governando a Campina sem elaborar quase que nenhum concurso público”.
Entenda o caso – Segundo a matéria na Paraíba, 800 pessoas esperam a nomeação. Elas foram aprovadas em um concurso criado para reforçar a Polícia Civil. Chegaram a cumprir seis etapas de testes. Todas obtiveram classificações que ficam dentro do número de vagas anunciado no edital.
Eram 1.162 oportunidades de garantir o emprego como delegados, escrivães, agentes, motoristas: 510 candidatos chegaram a ser chamados para fazer o curso de formação, e apenas 150 foram nomeados.
Christine ficou de fora. “Eu me sinto indignada, porque eu sou a 20ª colocada de 569 vagas para o meu cargo”, ela desabafa.
Os outros aprovados nem conseguiram ter acesso ao curso. “Eu estou dentro das vagas. É um direito líquido e certo. É isso o mais revoltante de tudo. Eu que fiz um concurso, estudei, me dediquei, estou sendo usurpada”, reclama a técnica em enfermagem Germana Honório.
O Ministério Público acionou a Justiça, que determinou a contratação dos aprovados. Mas o governo da Paraíba conseguiu suspender as nomeações. Uma frustração para os aprovados, que não desistiram de lutar.
“Nós reivindicamos a imediata nomeação daquelas pessoas que já terminaram o curso de formação, que são por volta de 250 e, igualmente, a convocação daqueles 600 que não fizeram o curso de formação e a posterior nomeação desse pessoal”, explica o psicólogo Jonathan Coimbra.
Prestadores – Outro ponto que o dirigente partidário cobra coerência de Romero e sobre sua proposta no final de 2010, quando ainda era deputado estadual e propôs na ALPB um debate com o Governo do Estado, sobre o afastamento de cerca de 36 mil prestadores de serviços. Na época Rodrigues afirmou a mídia paraibana: “Estamos bastante preocupados com o anúncio da demissão dos prestadores de serviço”. Porém, Alexandre afirma que o deputado tucano não se pronunciou quando o governador apoiado por ele fechou mais de 20 escolas em Campina, não dando nenhuma segurança de continuidade aos prestadores de serviço que atuam nessas unidades, muitos dos quais com mais de 20 anos de trabalho. Outro detalhe levantado pelo presidente é o fato de segundo dados dos órgãos competentes do Estado o governador ter inchado a folha com 42 mil prestadores de serviço.
Confira os links das matéria do JN: