O propinoduto para atender auxiliares do Palácio da Redenção, também Coriolano Coutinho, veio de Recife para João Pessoa em notas de R$ 10. Isso mesmo, um volume grande de cédulas para enganar os supostos beneficiários.
Para ter uma idéia, a conta é simples: R$ 81 mil, valor apreendido durante a operação da Polícia em 2011; foram utilizadas 8 mil e cem notas de R$ 10. Esse foi o dinheiro que os policiais paraibanos encontraram no veículo Fox, blindado, vindo do Recife para João Pessoa.
Mas o fato novo em relação ao propinoduto do PSB é que o Ministério Público da Paraíba remeteu a denúncia do Fórum dos Servidores para a Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade Administrativa, inclusive com pedido de investigação sobre o suposto pagamento de propina a secretários de Estado.
A comissão é coordenada pelo promotor José Raldeck, responsável pela investigação do suposto propinoduto. A denúncia do caso foi protocolada no Ministério Público pelo Fórum dos Servidores do Estado na última quinta-feira.
A Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade Administrativa vai investigar:
1 – Por que o procedimento não prosperou em 2011; fato exposto em uma nota publicada pelo governo do Estado;
2 – Qual a participação do Estado neste episódio;
3 – Se o governo soube imediatamente da apreensão do automóvel e do dinheiro;
4 – Por que devolveu o dinheiro, conforme revelou o secretário de Segurança, Cláudio Lima.
O Caso
Como já vem sendo noticiado, o escândalo da suposta propina começou em 30 de junho de 2011, quando á Polícia paraibana interceptou um veículo transportante a quantia de R$ 81 mil, em notas de R$ 10 para dar volume e enganar os possíveis beneficiários.
Com o dinheiro, os policiais encontraram um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00. Somando, totalizava precisamente… R$ 81 mil. No curso das investigações, descobriu-se: “G” seria de Gilberto Carneiro (procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra Laura (Farias) da Companhia Docas.
BMF