A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, visitou, no fim da tarde dessa quarta-feira (22), o Salão do Artesanato Paraibano, que está sendo realizado até o dia 2 de fevereiro numa megaestrutura na orla marítima de João Pessoa. Na ocasião, a primeira-dama reforçou compromissos do Governo com os artesãos, como a garantia de que o evento continuará a ocorrer na orla, um dos motivos apontados pelo segmento para o aumento nas vendas. O Salão do Artesanato é uma realização do Governo da Paraíba e Sebrae-PB e, nesta edição, tem como tema “Qual o seu papel?”, uma homenagem aos artesãos que trabalham com as técnicas da papietagem e papel machê.
Em mais de 6 mil metros quadrados de área, a maior estrutura na história dos Salões, o público que prestigia o evento encontra o melhor do artesanato paraibano, que tem o reconhecimento de instituições como a Unesco. Ao todo, são 549 expositores expondo inúmeras peças em suas mais diversas tipologias: artesanato indígena, bordado, brinquedos populares, macramê, patchwork e renda renascença, entre outras.
Durante a visita, Ana Maria Lins expressou satisfação pelos resultados, ainda parciais, do 39° Salão do Artesanato Paraibano. “Estamos muito satisfeitos, muitos felizes. Até terça-feira, já tinham sido vendidos mais de R$ 2 milhões, já tinham sido arrecadados mais de 4 mil itens de alimentos, que vamos destinar para entidades que cuidam de pessoas em vulnerabilidade social. Ou seja, é um Salão que tem superado nossas expectativas”, externou.
“O nosso artesanato tem recebido o olhar atento do governador João Azevêdo, como ele mesmo diz. Tudo isso é fruto de um compromisso assumido com o artesão e com a artesã ainda na primeira gestão, inclusive atendendo um antigo desejo deles, que queriam que o Salão fosse realizado na praia. Pelos números, os artesãos tinham razão. E o Governo atendeu esse desejo”, observou Ana Maria Lins.
Rosália Lucas, secretária de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde), pasta à qual o PAP é vinculado, ressaltou que o sucesso do artesanato paraibano é o resultado de uma série de investimentos que o Governo da Paraíba tem feito no segmento. “Essas capacitações que o Governo tem promovido, em parcerias com o Sebrae, por exemplo, têm feito com que as peças sejam diferenciadas no mercado. E isso reforça o artesanato paraibano como cultura, mas também como algo que gera renda, que emprega e que dá dignidade a centenas de família. E a visita da primeira-dama e nossa presidente de Honra, Ana Maria Lins, que compra peças, que ouve os artesãos, reafirma o compromisso da gestão do governador João Azevêdo com o artesanato paraibano”, comentou.
Para a ex-vereadora de Campina Grande Eva Gouveia, os esforços do Governo na realização do Salão do Artesanato demonstram a importância que o segmento tem para a gestão do governador João Azevêdo. “Já na entrada, você percebe que é tudo feito com muito carinho, tudo feito para atrair visitantes e fazer as vendas dos artesãos acontecerem, além da visibilidade, algo não menos importante. E o que o governador faz aqui em João Pessoa, faz também lá em Campina Grande. E nós só temos a agradecer por isso”, acrescentou.
Gestora do PAP, Marielza Rodriguez disse que já é possível comemorar o 39° Salão do Artesanato Paraibano. “A população da nossa Paraíba, o turista de vários estados e até de outros abraçou o Salão do Artesanato. E por que abraçou? Porque ele sente o compromisso do Governo do Estado e de parceiros como o Sebrae com o artesão, que consegue entregar um produto de excelente qualidade, que agrega design, sem perder a originalidade, e acima de tudo muito amor”, disse.
Até a última terça-feira (21), o Salão do Artesanato Paraibano já tinha comercializado — entre vendas e encomendas — R$ 2.222.753,19. Outro destaque da feira é o Projeto Salão Solidário, com a arrecadação de 4.120 itens, que, ao fim do evento, serão destinados a entidades que cuidam de pessoas em vulnerabilidade social.
Chico Ferreira, ceramista com mais de 40 anos de profissão, é só satisfação. “Este tem sido um dos poucos Salões em que o movimento tem sido constante. Em outros, o movimento foi bom, mas tinha dia que era mais fraco. Nesse ano, todo dia tem sido maravilhoso”, comemorou.
Mal abriu — o Salão do Artesanato funciona das 16h às 22h —, já era grande a movimentação nos corredores e nos estandes da feira. O funcionário público José Feitosa trouxe a família toda para prestigiar o evento. “Sou de Cachoeira dos Índios, no Sertão da Paraíba, e essa é uma rara oportunidade de revisitar as minhas raízes, observar a cultura, a tradição. E quero que isso seja repassado para as crianças”, comentou, ao lado dos filhos Enzo Gabriel e João Guilherme.
Realizado em duas edições — em janeiro, em João Pessoa; e, em junho, em Campina Grande — o Salão do Artesanato Paraibano é considerado um dos melhores eventos na geração de emprego e renda para o segmento, principalmente por ocorrer durante a alta estação, na Capital paraibana, e durante as festividades juninas, na Rainha da Borborema. Os 549 inscritos nesta edição, por exemplo, representam famílias inteiras que vivem do artesanato.
Objetivo alcançado — Ao chegar à sua 39ª edição, o Salão do Artesanato Paraibano homenageia artesãos que trabalham com o papel, nas técnicas papietagem e papel machê. Ao todo, sete artesãos estão sendo homenageados: Adriano Oliveira, Babá Santana, Carlos Apolônio, Dadá Venceslau, Ednaldo Farias, Geo Oliveira e Socorro Souza — são poucos os artesãos que trabalham atualmente com a tipologia.
Acompanhada de integrantes do PAP, a primeira-dama do Estado Ana Maria Lins percorreu todo o Salão do Artesanato, oportunidade que aproveitou para conversar com os artesãos e perceber que a homenagem prestada pelo Governo da Paraíba aos artesãos que trabalham com o papel já está atraindo o interesse pela tipologia — foi o que ela ouviu ao conversar com Carlos Apolônio, um dos homenageados. “Eu acho que esse interesse se deve à grande visibilidade que nós estamos tendo com essa homenagem. Eu percebo que muitos colegas já começam a querer também confeccionar suas peças com o papel. E isso é muito bom, porque fortalece a tipologia e ajuda o meio ambiente”, contou o artesão.
Interesse também detectado pela equipe do Laboratório de Inovação e Design para o Artesanato Competitivo (Labin). “Estamos vendo que o papel está gerando interesse e a curiosidade dos demais artesãos. Então, vamos conversar com a equipe do PAP para desenvolvermos oficinas e replicar essa técnica, trazendo mais artesãos para essa tipologia”, adiantou Marianne Góes, coordenadora do Labin.
“Quando o governador João Azevêdo anuncia a tipologia homenageada, ele tem sempre em mente o fortalecimento dessa tipologia. Por isso, ouvi esses relatos de interesse de mais artesãos pelo papel mostra que o maior objetivo com essa homenagem foi atingido”, concluiu Ana Maria Lins.
Serviço:
39° Salão do Artesanato Paraibano
Tema: Qual o seu papel?
Quando: 10 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025
Onde: Orla marítima de João Pessoa (estacionamento do Hotel Tambaú)
Visitação: das 16h às 22h (todos os dias da semana)
Entrada: 1 kg de alimento não perecível
