A Secretaria Municipal de Obras de Campina Grande (Secob) contratou uma empresa para executar serviços de fornecimento e instalações futuras para modernização, reconstituição e eficientização da iluminação pública da cidade e já teria pago de março a setembro deste ano a quantia de R$ 4.307.471,09. Apesar dos valores tudo estaria em ordem, não fosse à empresa contratada (Lançar Construtora e Incorporadora, sediada em Pernambuco) não estivesse envolvida em escândalos de superfaturamento e pagamento de propinas relativas a contratos firmados entre a empresa e a prefeitura de Natal, que foram à tona através da ‘Operação Cidade Luz’ deflagrada em julho deste ano.
Os investigadores da Operação Cidade Luz deflagrada em Natal-RN dizem ter elementos que apontam para a formação de um cartel com participação de empresas de Pernambuco, entre elas a (Lançar Construtora e Incorporadora) que se relacionam entre si e se revezavam na prestação de serviços para a Semsur. Dados da Controladoria Geral do Município de Natal demonstraram, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), que entre os anos de 2013 e 2017 as empresas Alclog, Ancar, Enertec, FGTech, Geosistemas, Lançar Construtora e Incorporadora, Real Energy e Servilight, todas sediadas em Pernambuco, foram beneficiárias de pagamentos no montante de R$ 73 milhões. Diversos diretores destas respectivas empresas foram presos pela operação deflagrada em setembro deste ano.
O MPRN estima superfaturamento médio de 30% no valor dos contratos celebrados e aponta ainda indícios de superfaturamento e pagamento de propinas relativos a contratos firmados entre as empresas e a prefeitura de Natal não só para a prestação de serviços referentes à manutenção, mas também outros serviços como a decoração natalina e vias especiais. Confira detalhes da Operação Cidade Luz deflagrada em Natal-RN, no link: https://goo.gl/E2HfRh
“Era uma contratação reiterada de alguns serviços como a manutenção da iluminação pública da cidade, sem que nunca se concluísse a licitação, invariavelmente com esses serviços sendo prestados por empresas de Pernambuco, como se no Rio Grande do Norte e em nenhum outro estado da federação tivessem empresas com capacidade de realizar o serviço”, pontuou o titular da 35ª Promotoria de Justiça, Giovanni Rosado.
A informação do contrato da empresa ‘Lançar Construtora e Incorporadora’ de n° 2.08.004/2016, com a gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) em Campina Grande, pode ser vista através do Serviço de Acompanhamento Eletrônico do Tribunal de Contas do Estado – (TCE- Sagres-PB), nele se observa que a gestão do prefeito já teria pago de março a setembro deste ano a quantia de R$ 4.307.471,09. Ou seja, desde março deste ano, a PMCG, paga com recursos públicos, uma empresa que em outro ente federativo está envolvida em um escândalo.
Fonte: PautaPB