A eleição em Pombal virou uma novela e a cidade quer saber quais serão as cenas dos próximos capítulos. Tudo porque a prefeita Polyana Dutra, do PT, se reelegeu por uma diferença pequenina de apenas 153 votos e mesmo assim embalada por uma decisão do ministro Dias Tóffoli, ex-assessor de Zé Dirceu e ex-advogado do PT, e que foi tomada faltando poucos dias da eleição.
Ninguém tem dúvida de que a decisão do ministro influenciou na decisão do pleito, pois todas as pesquisas apontavam a vitória da candidata do PMDB, Mayenne Bandeira.
Polyana teve o registro negado por 6 x 0 no Tribunal Regional Eleitoral, que entendeu que ela estaria disputando o terceiro mandato consecutivo, pois sucedeu o marido Jairo, falecido no exercício do cargo, e recorreu para o TSE, não fazendo segredo a ninguém de que lá conseguiria o registro por uma intervenção pessoal do ex-presidente Lula, de quem diz ser protegida.
Mais que isso, Polyana teve o acinte de chamar a juíza da cidade de “Pinaraca” em um comício, o que no universo local quis dizer que a magistrada era peemedebista.
Achando pouco, mandou divulgar em carros de som e no próprio guia a informação de que a decisão lá em Brasília já havia sido tomada – 30 dias antes da decisão de Tóffoli – e que ela poderia ser candidata, o que realmente ficou comprovado com a decisão de boca de urna do ministro ligado ao PT.
Diante de tantas evidências de que houve uma manobra de bastidores e desrespeito ao que determina a Constituição, a coligação de Mayenne recorreu e através de um agravo regimental solicitou que a decisão fosse para o Plenário do TSE e não a responsabilidade de uma só cabeça.
Agora a população aguarda ansiosa a entrada em pauta e o desfecho do imbróglio, o que poderá acontecer nesta terça feira e mudar o resultado da eleição, pois se a decisão do TRE for mantida Polyana terá os votos anulados e a peemedebista Mayenne será diplomada no próximo dia 29 em seu lugar como prefeita.
Cá pra nós, que a Justiça seja feita e a Constituição respeitada. Será que essa novela termina hoje?
