De acordo com trecho do inquérito da Polícia Federal publicado por Valdo Cruz, em blog para o g1, as esculturas recebidas como presente oficial pelo então presidente Jair Bolsonaro foram extraviadas no mesmo voo que levou Bolsonaro aos Estados Unidos no fim de dezembro, dias antes do fim do mandato.
“Como se vê, as investigações apontam que as esculturas foram evadidas do Brasil para os Estados Unidos da América, em uma mala transportada no avião presidencial, no dia 30/12/2022”, diz o material.
Ainda conforme o blog, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid, e o pai dele, o general Mauro Lourena Cid, levaram os bens a lojas especializadas para tentar avaliar e vender os itens. Para isso, teriam contado com a ajuda de outros dois assessores de Bolsonaro: Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara.
A PF indica, ainda, que o dinheiro eventualmente obtido com essas vendas seria incorporado ao patrimônio do então presidente Jair Bolsonaro – e que as vendas só não teriam sido concretizadas porque as esculturas tinham “baixo valor patrimonial”.
Segundo matéria da jornalista Natuza Nery para o g1, o advogado Frederick Wassef recomprou, nos Estados Unidos, o Rolex recebido de presente por Jair Bolsonaro (PL), para poder entregar o item ao Tribunal de Contas da União (TCU). Wassef teve de pagar um valor maior do que aquele obtido na venda.
O relógio de luxo foi um presente de autoridades sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial do presidente em 2019 à Arábia Saudita e ao Catar. O item foi levado para os Estados Unidos – para onde o ex-presidente viajou às vésperas de deixar a Presidência da República – e lá foi vendido.
Após a existência do relógio vir à tona – em março deste ano –, a defesa de Bolsonaro se comprometeu a devolver o item – o TCU entende que esse tipo de presente recebido por autoridades no exercício do cargo não pertence a ela, mas à União.
Wassef, então, entrou em campo para concretizar a compra. O blog de Nery também apurou que: a operação deflagrada nesta sexta-feira (11) envolve “várias joias novas”, para além das conhecidas e já tornadas públicas pela imprensa e que as joias teriam vindo de outros países do Oriente Médio, além da Arábia Saudita.
Redação com g1