A perita criminal Amanda Melo falou, nesta quarta-feira (08), ao programa 360 graus sobre as condições cadavéricas em que o corpo de Anielle Teixeira, de 11 anos, foi encontrado em João Pessoa. Segundo a profissional, a menina estava morta há pelo menos 48 horas.
O corpo da criança foi achado pela Polícia Civil numa área de mato perto das margens do Rio Jaguaribe, no bairro de Miramar, na Capital. De acordo com Amanda, a suspeita é que Anielle tenha sido morta por asfixia. Os exames periciais ainda não foram concluídos, porém ela adianta que a menina pode ter sofrido abuso sexual.
“O corpo estava em avançado estado de decomposição. Isso dificulta um pouco essas análises mas ainda sim é possível fazê-las, só que a gente precisa de mais tempo, precisamos observar mais elementos e também de exames complementares realizados por outros laboratórios, como por exemplo o de DNA. Então, por isso a gente não fecha os diagnósticos agora. Mas, a gente trabalha sim com a hipótese de crime sexual e que tenha acontecido com pelo menos 48 horas”, contou.
Para resolver o caso, a Polícia Civil da Paraíba irá utilizar um método inovador de perícia criminal, que irá indicar se houve ou não violência sexual contra a menina. Amanda Melo explica que se trata de um protocolo de entomologia forense em parceria com laboratório de DNA, entretanto, não podem detalhar ainda como se dará o processo, somente após a resolução do caso.
“É um método novo, que a gente ainda não aplicou aqui na Paraíba e esse será o primeiro caso que a gente aplicará. Então, envolve entomologia forense, que é o estudo de larvas e insetos que colonizam o cadáver, e envolve também análise de DNA. A gente vai adotar esse protocolo e assim que tiver o resultado, que torcermos para que seja positivo, vamos poder explorar melhor”, justificou a perita.
Confira a declaração completa de Amanda Melo: