Ricardo Coutinho jamais admitirá, fará de tudo para apagar dos anais da história, jurará que só deve a si mesmo a superação e vitória, mas deve a sua reeleição a duas pessoas.
Luciano Cartaxo, que levou o PT e seu precioso tempo de guia para se coligar com o PSB quando ninguém mais queria, no primeiro turno.
Veneziano Vital, que poucos sabem, mas foi o que forçou a barra internamente para que o PMDB não ficasse no muro e declarasse apoio a reeleição do governador, no segundo turno.
Curiosamente, ambos estão cotados paralelamente para sucederem RC em 2018 e ambos precisam vencer a eleição de 2016 em suas respectivas bases.
Se reelegendo prefeito de João Pessoa, Cartaxo passa a ser o candidato natural de Ricardo e Dilma e tem mais chances de largar na frente pelo apoio das máquinas estadual, municipal e federal.
Elegendo-se prefeito de Campina, Veneziano terá menos de um ano e meio para ciar as condições merecedoras e isso significa fazer uma boa gestão e montar um exército e parecer aos olhos de todos uma opção melhor do que Cartaxo dentro da aliança.
A preço de hoje só um milagre faria de Veneziano o candidato dessa grande aliança e ainda teriam os venezianistas de torcer pela nomeação do senador Vital para uma vaga no TCU, o que o tiraria das disputas eletivas.
Dentro dessa lógica, Cartaxo reúne melhores condições do que Veneziano para ser o candidato da grande aliança ao governo, restando ao Cabeludo – quem diria – a chance de sair candidato de oposição numa conjuntura onde Cássio dispute a reeleição de senador e o apóie, invertendo espetacularmente o que seria a chapa vencedora no pleito de 2014, caso Cássio não tivesse criado obstáculos para Veneziano ser o seu senador.
Mas aí o mundo precisaria dá muitas voltas.