Eu sei que o ditado popular que vou citar a seguir entre aspas é surrado e até ultrapassado em uma época em que as mulheres saem das sombras e assumem um protagonismo, mas não deixa de ser emblemático quando aplicado ao cenário paraibano. “Por trás de um grande homem existe sempre uma grande mulher”, mas o problema é que as mulheres não aceitam mais as cochias e querem ficar sob as luzes da ribalta.
Cito como exemplo a primeira dama da Paraíba, Pâmela Bório, que aos poucos tem assumido esse protagonismo que citei chamando a atenção da mídia e do públioco mais do que o, teoricamente, grande homem que ela deveria se conformar em se esconder sob a sombra projetada.
O governador é Ricardo Coutinho, seu marido, mas quem estampa as manchetes vinculada a escândalos com dinheiro público é ela, o Calcanhar de Acquiles de quem diz ter “couro grosso”.
Engraçada essa ascenção de Pâmela ao palco principal, quando so lhe estava reservado o palanque de miudezas e outros frufrus. Quem acompanha a trajetória draconiana de RC sabe que ele não permite que auxiliares estejam sob holofotes que lhes projetem em sombras maiores do que as do chefe. Como o amor embriaga e insere miopia em quem achava que tinha olhos de lince, veio a primeira dama sutilmente via redes sociais a custo zero fazer frente ao aparato ofical da mídia milionária do Governo.
Se analisarmos do ponto de vista do custo/benefício da promoção do marjketing pessoal, a mídia de Pâmela é mais eficiente e barata. Na verdade, gratuita.
Se Pâmela fosse apenas uma miss procurando galgar os degraus da fama, diria que tudo que tem feito está certo. Por exemplo, a nossa Mayana Neyva chegou na Globo aparecendo menos do que ela e se Pâmela tem feito tanta zoada para ser manchete nacional, imaginem onde pode chegar por chamar tanta atenção para sua fina estampa?
É que nesse mundo das vaidades quem quer chegar ao estrelato tem que está disposta a tudo para entrar no playlist dos caça-talentos. Lembro-me que no lançamento de um empreendimento imobiliário aqui na Paraíba o apresentador de TV Amaury Júnior, queridinho da High Society do suldeste, fez elogios a Pâmela e até lhe chamou para ser sua repórter.
Na ótica de quem zela pelo dinheiro público em um estado paupérmimo e apelando por recurssos para combater a seca, ter a primeira dama nas manchetes por fazer da residencia do governador um hotel de 10 estrelas é ruim, mas na ótica de quem, talvez, queira algo mais do que ser miss Bahia ou primeira dama da pequenina Paraíba, impactar é tudo e, convenhamos, ter a foto posuda nas principais revistas, sites, blogs e jornais do País é o supra-sumo, o target.
Cá para os pobres mortais jornalistas da terrinha, que até então não tinham conseguido pefurar o couro grosso do governador: atirar no Calcanhar de Achiles e ver o tombo dessa dupla dinâmica também faz parte desse espetáculo de um big bhother tuipiniquim.
A bela & a fera vão acabar como enredo de escola de samba e o que começou ao som harmônico de um naipe de violinos vai cair numa batucada. Esforço pra isso Pâmela tem feito no Istagram.