Em artigo, a senadora Nilda Gondim ressalta que está sendo iniciada a campanha Outubro Rosa, alusivo ao combate ao câncer de mama. A parlamentar revela que, no Brasil, uma a cada oito mulheres recebem diagnóstico positivo para a doença e salienta para a importância do autoexame e, principalmente, das mamografias para detecção da enfermidade e sua cura.
Nilda ainda afirma que, ao longo do mês, discutirá no Senado Federal sobre a acessibilidade ao tratamento preventivo contra o câncer de mama para que cada vez mais mulheres brasileiras tenham acesso ao exame e possam cuidar da sua saúde dignamente.
Leia o artigo completo abaixo:
Esse raio pode cair na sua cabeça
Sabe qual é a chance de um raio acertar você?
O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) estima que é de um em um milhão no Brasil. Mesmo sendo fenômeno tão raro, a gente não se arrisca a andar debaixo de tempestades, não é?
E na loteria? Sabe qual a chance de faturar o grande prêmio?
Uma em cem milhões! Mas muitas de nós gostamos de fazer uma “fézinha”.
Infelizmente, o câncer de mama está longe de ser um evento quase impossível.
Sabe qual a chance de uma brasileira receber o diagnóstico positivo?
Uma em cada grupo de oito mulheres!
O dado é realmente assustador: de acordo com estudos aplicados pelo Inca, o Instituto Nacional do Câncer, uma em cada grupo de oito mulheres que viverem até os 75 terá câncer de mama.
Graças ao que a Organização Mundial de Saúde chama de “fatalidade genética”, as mulheres são ameaçadas por essa verdadeira roleta russa, que pode disparar assertivamente mesmo em mulheres sem histórico familiar de câncer.
As estatísticas sinalizam para a importância de aproveitar muito bem o outubro rosa para fazer a prevenção.
Somente na Paraíba, o Inca estima mais de 1.200 casos de câncer de mama até o final de dezembro – média de 3 novos casos por dia.
O autoexame é importante, mas quando o nódulo já está palpável, a doença está em estágio mais complexo. O ideal é realmente a mamografia, capaz de detectar tumores milimétricos – ampliando exponencialmente as chances de cura.
Sabemos que, no Brasil, não basta apenas querer fazer o exame. A rede pública tem longas filas.
É por isso que o outubro rosa vai além de sensibilizar sobre a importância do exame, pautando também a discussão sobre a acessibilidade ao tratamento preventivo – um debate que vamos suscitar ao longo do mês no Senado Federal.
Mas – com ou sem filas – o primeiro passo (o mais efetivo) é construir a consciência coletiva sobre a importância da mulher se cuidar.
Não se permita virar estatística.
Nilda Gondim