Não é só pelo fato de o Republicanos ser o PIB eleitoral da Paraíba que o nome de Adriano Galdino sempre surge como o caminho seguro e convergente dentro da Assembleia Legislativa. Mas também o é.
Seria diminuir a importância inconteste que ele exerceu e exerce na harmonização entre os poderes, celeridade nas votações importantes em momentos de crise, como na pandemia, e capacidade de equacionar conflitos entre os parlamentares e suas naturais posições antagônicas.
Muitos podem até reclamar que o estilo seco de Adriano às vezes não ajuda, mas nenhum dos parlamentares ou mesmo o governador João Azevêdo e quem passou pela presidência do TJ deixa de reconhecer a segurança, legitimidade e agilidade em suas gestões a frente do Legislativo, corroborando com a governabilidade e suas prioridades.
Nesses quatro anos complexos da história do país, quando o negacionisno pautou o debate, foi o pulso firme de Adriano quem garantiu estabilidade em nosso estado.
Também nunca ouvi de nenhum parlamentar, mesmo os mais belicosos e complicados, reclamações pertinentes de que o Legislativo foi omisso ou deixou de responder de forma ágil às demandas das vozes roucas das ruas e por isso este poder está tão bem avaliado, e a média de votação dos parlamentares que voltaram foi tão alta, confirmando imensurável respeito a atuação do Legislativo no período.
Adriano pode sim por mérito pleitear mais um mandato na condução da Assembleia e o faz pelo reconhecido mérito de ter sido um presidente muito acima da média das últimas décadas.
Mas também vejo no deputado estadual mais votado da Paraíba humildade a seu jeito quando, mesmo sendo integrante do partido que elegeu oito deputados estaduais, se resigna e abre mão de uma eleição certa para o primeiro biênio.
Não sou de elogiar e todos sabem que esse blog se notabilizou nas últimas duas décadas pela acidez de nossas críticas, mas sinceramente, aqui digo que não é Adriano quem precisa mais uma vez ser presidente da Assembleia, mas a Assembleia quem precisa de um timoneiro do calibre de um Adriano Galdino.
Dércio Alcântara