Esse racha irreversível no PSB, arrebatado das mãos de Edvaldo Rosas por uma intervenção traiçoeira urdida pelo ex-governador Ricardo Coutinho, embute outro tipo de decisão.
Com várias operações do GAECO vasculhando supostas práticas criminosas na administração pública que, segundo três delações premiadas, teriam acontecido na passagem de Ricardo Coutinho pela Prefeitura de João Pessoa e Governo do Estado, quem não quer ter seu nome associado aos escândalos desembarca, previdente.
Àqueles que devem até a alma ao ex-governador, que só conquistaram mandatos graças a intercessão dele e uso da máquina ou, caso fique provado mais à frente, dinheiro desviado dos hospitais através dos contratados com a Cruz Vermelha, quase um bilhão.
Gente que ficou rica do dia para a noite, que mandava na Paraíba e que surgiu do nada, ascendendo junto com o Coletivo Ricardo Coutinho. Esses têm a obrigação moral de ficar com Ricardo no PSB, seja por medo, gratidão ou falta de opção.
Sendo assim, saberemos nas próximas semanas o tamanho real do grupo do ex-governador Ricardo Coutinho e, se na sequência dos desdobramentos judiciais, seus seguidores são tão fiéis assim.
Em tempo: não haverá muro e subir nele implicará em virar alvo para a prática de tiro livre nos estandes de ambos os lados.
Dércio Alcântara