E continua a repercussão da denúncia que nosso Blog fez sobre a existência de tráfico de influência na Paraíba, um imbróglio que envolve o desembargador Joás de Brito, o conselheiro do TCE Nominando Diniz e o próprio governador Ricardo Coutinho.
Hoje o jornalista Sitônio Pinto comentou – mesmo que com uma certa ironia e realismo fantástico – o assunto em sua coluna, como veremos a seguir.
“GIROPB – Essas denúncias que estouraram terça-feira na cidade, sobre uma possível triangulação de corrupção entre nomes do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e do Chefe do Executivo, merece um mutirão formado pelo Conselho Nacional de Justiça, do Conselho da Magistratura, dos Ministérios Públicos, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Supremo Tribunal de Justiça e de quem tenha competência.
As denúncias interpostas pelo blog de Dércio Alcântara e pelas colunas dos jornalistas Rubens Nóbrega e Helder Moura são da maior gravidade e merecem ser aprofundadas.
O que não pode é o Estado e a Sociedade ficarem inermes diante de suspeitas levantadas contra suas mais altas casas. E tudo com provas materiais, como e-meios trocados entre autoridades, uma pedindo favores para seus parentes próximos “conforme combinado”, outra escrevendo na orelha de um contracheque uma referência a possível participação de um conselheiro do Tribunal de Contas, pois são poucos os “Nominandos”.
Essa última é a prova mais fácil de ser averiguada, pois a anotação no contracheque se deu do próprio punho. É só fazer um exame grafotécnico. Quanto ao e-meio, bastará uma varredura nos escaninhos da Internet, para saber se saiu mesmo de qual endereço eletrônico e para qual.
Mas, como alguém interceptou a mensagem entre as altas autoridades?
Parece coisa da Al-Qaeda (A Base), poucos dias depois da morte de seu líder Osama Bin Laden. Teriam as retaliações pelo assassinato de Bin Laden começado na Paraíba, a menor entre as de Judá? Pelo que se conhece da organização guerrilheira e terrorista, os seus tentáculos são espalhados pelo mundo. Sua atividade pode ser considerada como a Terceira Guerra Mundial, onde a frente pode estar na Ásia, na África, na Europa ou nos Estados Unidos. É o caso da embaixada norte-americana pedir reforço policial para garantir sua sede em Brasília – e a PM do Distrito Federal ter de montar guarda no prédio dos gringos, expondo a vida de seus policiais à explosão de um carro-bomba.
Tio Sam ficou em pânico com a guarda do cadáver de Bin Laden. Tratou de jogar o cadáver ao mar, como fazem as máfias, para que os despojos não provocassem romarias, nem fossem alvo de investigações sobre as circunstâncias da morte do líder. Sabe-se que Bin Laden estava inerte, vítima de enfermidade renal que o obrigava a fazer três hemodiálises por semana. Estava morto.
Mandam os manuais de guerrilha que o guerrilheiro não durma duas noites seguidas no mesmo lugar. Bin Laden não podia se locomover, nem morar longe dos centros urbanos, para poder receber tratamento. Há anos estava condenado à prisão domiciliar, numa casa transformada em mini-U.T.I, onde se submetia às hemodiálises que o mantinham semimorto. De repente, a execução sumária.
Todo o mundo está em alerta contra qualquer reação da Al-Qaeda. Pensava-se que as retaliações fossem demorar, os muçulmanos deixando seus inimigos na espera angustiante para atacar quando maior fosse o estresse. Mas a reação começou cedo, pelo menos na Paraíba. O Triângulo dos Tribunais deve ser investigado urgentemente, até para salvar a honra então inquestionável das personagens envolvidas”.
Sitonio Pinto