Mais do que uma grave crise econômica e política o Brasil vive um delicado momento de intolerância ideológica e esse tecido social se partido podemos chegar a um separatismo perigosíssimo, um revival da eterna luta entre esquerda e direita, completamente atemporal.
Os ataques de intolerância ao ex-senador Eduardo Suplicy numa livraria em São Paulo, o cerco a Chico Buarque nas ruas do Rio e os bate bocas agressivos nas redes sociais, acendem um sinal de alerta.
Uma geração que não conhece outra opção de governo no comando do País que não seja o PT criou uma aversão ao partido e aos petistas. Estimulada pelos adversários do partido, que temem que Lula volte e o PT fique mais cinco anos no poder, o ódio ao PT vem sendo disseminado por todo canto e basta ser do PT para ser chamado de corrupto, o que é um sinal de ignorância política.
Também não vejo motivos para aprovar o governo Dilma, mas entre isso e querer jogar 54 milhões de votos na lata do lixo vai uma longa diferença.
Comum hoje nas redes sociais ouvirmos que “quem defende corrupto, corrupto é”. Não é bem assim. A corrupção existe em todos os partidos e segmentos da sociedade e não foi o PT quem inventou, apenas uma parte de sua cúpula se deixou seduzir.
A intolerância avança e junto com ela seus porta vozes e ícones, a exemplo do deputado Jair Bolssonaro, um reacionário caricato, bravateiro e falastrão.
Aonde vamos parar? Isso só o tempo poderá responder. É torcer para que seja apenas uma onda e morra na praia.