O novo presidente da Assembleia, Adriano Galdino, foi hoje ao café da manhã do Cannelle, espécie de “Senadinho”, templo dos jornalistas que todos os dias ali trocam informações valiosas, que serão ou não noticiadas antes da hora do almoço.
Foi um gesto bacana do deputado, pois revela seu desejo de diálogo com toda a imprensa e não só aquela que ganha tapinha nas costas do secretário de Comunicação, Luís Torres.
Considerando que a Assembleia não é o quintal do Palácio, o comitê de imprensa do Poder Legislativo não pode virar uma sucursal da SECOM.
Galdino exonerou todos os comissionados da Assembleia numa só canetada e nesse contexto botou pra fora dezenas de jornalistas que cobrem as sessões ou noticiam em seus espaços o dia a dia dos 36 deputados.
Se ele fizer uma opção só pelos que são considerados aliados do governador, correrá o risco de ser confundido com o próprio Ricardo Coutinho pela imprensa que faz contraponto à gestão estadual.
Se ele trouxer de volta todos sem pedir atestado ideológico estará sinalizando que há uma grande diferença entre ser aliado e ser subserviente.
Saído do baixo clero para os holofotes que a presidência da Casa lhe agrega, é Galdino quem tem que decidir como quer ser tratado nos próximos dois anos.
E dessa decisão depende o seu futuro.