Quem acompanhou a ascensão e queda de Cozete Barbosa ao se aliar aos Cunha Lima logo diz que já viu esse filme quando escuta aqui e ali os indícios do estrangulamento da relação de Cássio com Ricardo Coutinho.
Cozete, assim como Ricardo, era a baluarte da oposição sindical em Campina, queridinha dos movimentos sociais e se autodenominava o papel higiênico da política da Serra da Borborema.
Guinou à direita e aceitou ser a vice de Cássio numa disputa municipal. Eleitos virou a prefeita dois anos depois quando ele renunciou para se candidatar ao governo do estado.
Assumiu a prefeitura e silenciou sobre o desmantelo que herdou e quando quis abrir a boca era tarde e acabou sendo culpada por tudo que não fez. Dançou!
Cozete, assim como Ricardo, foi usada numa conveniência e achava que seria apoiada por ele em sua reeleição, mas sentiu o quanto o punhal dos Cunha Lima é afiado e que eles sugam todas as vitaminas e quando a laranja chega ao bagaço eles jogam fora para buscar no cesto uma fruta novinha.
Ricardo, assim como Cozete, será jogado fora e, também como a ex-prefeita campinense manterá sua candidatura para ser o regra três numa disputa que afunilará para uma polarização entre Veneziano e Cássio, caso o senador tenha coragem de manter-se numa bola dividida e sem a perspectiva de ele repetir feitos anteriores, quando saia de Campina com quase setenta por cento dos votos para impor uma dianteira difícil de ser alcançada.
Com Veneziano no páreo ele recuará sua votação em Campina para a casa dos 50% e provocará uma decisão do PT em torno da candidatura de Veneziano para unir o enfrentamento ao palanque pró Aécio.
Assim como Cozete, Ricardo vai provocar o segundo turno e ser decisivo, como ela foi e se vingou dos Cunha Lima votando em Veneziano para prefeito em 2004.
A pergunta é: o governador traído por Cássio votará no algoz no segundo turno, cruzará os braços ou votará em Veneziano para se vingar?