O deputado estadual Trócolli Júnior é peralta e como tal apronta e depois se safa, saindo à francesa da peraltice e deixando um “Mané” para pagar a conta. Sempre foi assim e não a toa ele se elege e reelege na base do lá e lou.
Quando é governo ele flerta com a oposição para botar pressão no que quer e ainda não conseguiu; quando é oposição fica de leva e traz com o governo, sempre emplacando sua tropa na folha da viuvinha.
Mas nem todo embusteiro é capaz de manter-se no embuste, um dia tem que se mostrar de corpo e alma.
Aquele Trócolli que no segundo turno da eleição passada atendeu apelos do amigo Ricardo Coutinho e ficou passeando de Jet-ski em Lucena, operou nos bastidores em favor do empresário Roberto Santiago no episódio escandaloso que envolve a subtração de patrimônio público.
Os mais céticos ponderaram que era apenas compromisso com Roberto Santiago, seu amigo e patrocinador.
Mas, Trócolli já tinha lado e se mantinha na oposição apenas para manter Nonato Bandeira e Ricardo informados de cada passo que os colegas planejavam.
Um verdadeiro Cavalo de Tróia, Trócolli era o veículo que carregava para dentro da muralha da oposição o ouro do Palácio da Redenção. E sabemos que a carne é fraca.
O que achei cínico e de certa forma amador na “saída pela direita” de Trócolli foi a desculpa e o atropelamento de adversários gerando intrigas onde sonha ser prefeito, mas não tem voto nem para ser vereador, pois é forasteiro.
O que achei inteligente foi a malandragem dele de na hora da votação se abster para fingir uma independência que ninguém acredita.
Fazendo um trocadilho, foi um troca-troca no tranco pra garantir um tôco. O problema amigo é se o povo resolver lhe dá o trôco.
Em tempo: aquele dossiê cochila na prateleira, mas sofre de insônia e pode acordar a qualquer momento.